A Taça da Copa dos Campeões estava se tornando cada vez mais cobiçada pelos clubes europeus, e a competição atraía atenção crescente do público, com valores envolvidos significativamente em ascensão. No entanto, esse período também testemunhou um aumento na violência nas arquibancadas, uma preocupação que começava a surgir na mente da UEFA e que, infelizmente, só se agravaria nos anos subsequentes.

Enquanto a violência nas arquibancadas tornava-se uma sombra sobre o futebol, o brilho do Ajax estava em ascensão, encantando não apenas os torcedores holandeses, mas também os amantes do futebol em todo o mundo. Em 1972, o Ajax fez história ao conquistar a Tríplice Coroa, um feito raro na época, ao garantir a Eredivisie, a KNVB Cup e a cobiçada Copa dos Campeões, marcando uma era de ouro para o clube.

Sob a liderança de Johan Cruyff, um dos maiores jogadores da história do futebol, e com o apoio de outros talentosos membros da seleção holandesa, incluindo Dick van Dijk, Ruud Krol, Gerrie Muhren, Nico Rijnders e Heinz Stuy, o Ajax empregou seu característico estilo de jogo "Futebol Total". Esse estilo, baseado em um 4-3-3 agressivo, enfatizava a ofensividade, a marcação sob pressão e uma abordagem dinâmica, conquistando admiradores em todo o mundo.

A jornada do Ajax na Copa dos Campeões 1971/72 foi marcada por vitórias impressionantes. Eles superaram equipes como Dynamo Dresden, Olympique de Marseille, Arsenal e Benfica, antes de chegar à emocionante final contra a Inter de Milão. A decisão, palco de um verdadeiro show de Johan Cruyff, testemunhou sua maestria, já que ele marcou os dois gols que garantiram o título ao Ajax, consolidando ainda mais seu status como uma lenda do futebol e tornando o Ajax uma potência dominante na cena europeia da época.


Ficha Técnica:
Final - Copa dos Campeões 1971-1972: Ajax  2 X 0 Internazionale
Escalações:


Ajax: Stuy, Suurbier, Hulshoff, Blankenburg, Krol, Neeskens, Haan, Mühren; Swart, Cruyff e Keizer.
Internazionale: Bordon, Bellugi, Burgnich, Giubertoni (Bertini), Facchetti, Bedin, Oriali, Mazzola, Frustalupi, Jair (Pellizzaro) e Boninsegna.
Gols: Johan Cruyff (2x).
Local: De Kuip, Roterdã.
Árbitro: Robert Helles (França).