Copa dos Campeões





Champions League 1993-1994: Milan 



As mudanças políticas que praticamente varreram a Europa Oriental após o fim da União Soviética, trouxeram profundas mudanças à UEFA Champions League na sua temporada 1993-1994. Se antes apenas 16 equipes participavam do torneio, havia agora 42 clubes com o objetivo de chegar à final da Competição, que aconteceria em Atenas. O torneio tinha sido expandido para incluir os campeões de países como a Estónia, Lituânia, Croácia, Eslováquia, Geórgia, Moldávia, Letônia, Ucrânia e Belarus. Isso significava que uma rodada adicional preliminar aconteceria, com 20 equipes na briga para se juntar aos grandes clubes da Europa.


Pela primeira vez na História, o atual Campeão não teria a Chance de defender o seu título. O Olimpique de Marselha foi impedido de disputar a edição de 1993-1994 da Liga dos Campeões por causa de um escândalo de Corrupção que se envolveu no ano anterior. Mas outro Campeão, começava  a tomar forma com isto; o Milan. Mesmo com equipes muito fortes, como o Barcelona na disputa, o Rossonero teria mais uma trajetória vitoriosa em nível Europeu. A equipe estreou nesta Champions League derrotando o Aarau por 1 x 0 na Suíça, com gol de Papin, e garantindo a vaga na segunda fase com um empate sem gols em Milão. Na segunda fase eliminatória, o time teve mais facilidade, após aplicar um 6 x 0 no Copenhagen na Dinamarca, com dois gols de Papin, dois gols de Simone, um de Brian Laudrup e um de Orlando. Bastou vencer por 1 a 0 na Itália, com mais um gol de Papin, para se garantir na fase de grupos.


O Milan acabou ficando no grupo B. A estréia foi com empate sem gols com o Anderlecht, fora de casa. Na segunda partida, o Rossonero venceu o Porto por 3 x 0 no San Siro, com gols de  Raducioiu, Panucci e Massaro. Na terceira rodada, o rival foi o Werder Bremen, que foi derrotado por 2 a 1 em Milão (gols de Maldini e Savicevic para o Milan). O returno teve esta tabela espelhada, e o time do Milan estreou empatando em 1 a 1 com o Werder Bremen na Alemanha (o gol do Milan foi de Savicevic). A grande frustração ficou por conta do 0 x 0 em casa contra o Anderlecht, resultado que se repetiu contra o Porto, em Portugal.


Mesmo assim, o Milan alcançou as semi-finais, passando neste grupo B junto com o Porto, que ficou em segundo lugar. Na chave A, avançaram o Barcelona e o Monaco, que seria o adversário do Milan na Semi-final.


Se na fase de grupos o Milan frustrou um pouco a sua torcida, na Semi-Final o Diávolo começaria a mostrar sua força de campeão. Em partida única no San Siro, o Milan venceu a equipe do principado de Monaco por 3 x 0, com gols de Desailly, Albertini e Massaro. Do outro lado, o grande Barcelona derrotou, igualmente em jogo único, o Porto por 3 a 0, e também se garantiu na Final .


A coisa começou a complicar para o Milan quando o time perdeu os zagueiros Baresi e Costacurta, suspensos por cartões amarelos, justamente para a grande decisão, onde iria encarar o Barça, e seu ataque com Romário e Hristo Stoichkov. Além disso, o Barcelona ainda tinha outros jogadores brilhantes, como Koeman e Guardiola, comandados pelo mestre Johan Cruyff.

Mas o Milan era o time da hora da decisão. E como jogou naquela final. Em uma das maiores, se não a maior atuação de um time em toda a história da Liga dos Campeões, o Rossonero goleou o Barcelona por 4 a 0. Massaro marcou duas vezes, Savicevic marcou o terceiro, e Desailly fez o quarto tento do Milan na decisão. Destaque para o golaço por cobertura de Savićević, que é até hoje considerado um dos mais bonitos da história das finais de Champions.

Era a prova de que a força do Milan não havia terminado. O time se tornava Pentacampeão Europeu, ficando atrás apenas do Real Madrid em número de conquistas Européias.






Ficha Técnica:

Liga dos Campeões 1993-1994

Milan 4 x 0  Barcelona 


Milan: Rossi, Tassotti, Panucci, Albertini, Galli, Maldini (Nova), Donadoni, Desailly, Boban, Savicevic, Massaro.


Barcelona: Zubizarreta, Ferrer, Guardiola, Koeman, Nadal, Bakero, Sergi (Quique), Stoichkov, Amor, Romario e Beguiristain (Eusebio).

Árbitro: Philip Don.


Gols: Massaro (2 vezes), Savicevic, Desailly.

Local: Estádio Olimpico de Atenas, Grécia.


Artilheiros desta Edição:
Ronald Koeman (Barcelona) e Wynton Rufer (Werder Bremen).