Após 12 anos, a Tunísia estará jogando novamente uma Copa do Mundo, já que vai à Rússia em 2018. As águias do Cartago chegam ao Mundial depois de terminarem na primeira colocação do Grupo A das Eliminatórias da África, com 14 pontos em seis jogos, somando 15 gols marcados e seis sofridos. Para chegar ali, na segunda fase, havia batido a Mauritânia, com duas vitórias em dois jogos eliminatórios.

No final do ano passado, a Federação Tunisiana de Futebol demitiu o veterano treinador polonês Henryk Kasperczak, para efetivar o atual comandante, Nabil Maâloul. Sua equipe joga em um 4-2-3-1, com os dois laterais apoiando bastante, e garantindo amplitude ao time. Na esquerda, Ali Maâloul, do Al Ahly, do Egito, também é importante na saída de bola, com Hamdi Nagguez, titular no lado direito, também sendo bem agudo. Yassine Meriah e Syam Ben Youssef formam a zaga. Aymen Mathlouthi é o goleiro titular. O defensor Abdennour, talvez o mais famoso do elenco, ficou de fora da lista final, por questão técnica.

O meio tinha Ferjani Sassi e Mohamed Amine Ben Amor formando um doble pivote, com o trio MKN, formado por Youssef Msakni, Wahbi Kharzri e Naïm Sliti, jogando por trás de Taha Yassine Khenissi, que era o titular do ataque. A lesão de Msakni, cortado da Copa, foi um golpe duro, assim como a perda de Khenissi, e gera dúvidas no XI titular. Em algumas ocasiões, o sistema pode mudar para um 4-3-2-1/4-3-3, dependendo muito das condições de jogo. Destes, Msakni era o melhor jogador tecnicamente, e a referência da equipe, papel que agora caberá ao extremo Kharzri, destaque na última Ligue 1. Ele pode/deve atuar como um "falso 9", por conta dos desfalques, e a sua conexão com Naïm Sliti, um outro nome de vitória pessoal e qualidade técnica, deve se caracterizar no melhor argumento desse time tunisiano. Quando os laterais apoiam, os volantes fecham o meio, e a troca de passes não se dá de maneira muito acelerada, sendo bastante cautelosa, pois a equipe sabe que não pode sofrer na transição defensiva.

Dificilmente a Tunísia irá avançar de fase. Além disto, se quiser surpreender, precisará saber se adaptar aos diversos cenários, pois encontrará, muito provavelmente, cenários para formar uma defesa posicional na maior parte dos minutos, como contra Bélgica e Inglaterra, e outros onde poderá precisar atacar bastante, como contra o Panamá.



Sistema tático: 4-2-3-1

Craque: Wahbi Kharzri

A esperança: Naïm Sliti (Lille)

Treinador: Nabil Maaloul

Time-base: Balbouli; Nagguez, Ben Youssef, Maaloul e Meriah; Ben Amor, Chaalali, e Bassem Srarfi; Kharzri, Khenissi e Badri.



Lista de Convocados para a Copa do Mundo 2018:



Goleiros: Aymen Mathlouthi (Al-Batin, SAU), Farouk Ben Mustapha (Al Shabab, SAU) e Moez Hassan (Chateauroux, FRA).

Defensores: Hamdi Naguez (Zamalek, EGI), Dylan Bronn (La Gontoise, BEL), Rami Bedoui (Etoile du Sahel), Yohan Ben Alouane (Leicester City, ING), Syam Ben Youssef (Kasimpasa, TUR), Yassine Meriah (Sfaxien), Oussama Haddadi (Dijon, FRA) e Ali Maaloul (Al Ahly, EGI).

Meio-campistas: Elyes Skhiri (Montpellier, FRA), Mohamed Amine Ben Amor (Al Ahly, SAU), Ferjani Sassi (Al-Nasr, SAU), Ahmed Khalil (Club Africain) e Seifeddine Khaoui (Troyes, FRA).

Atacantes: Fakhreddine Ben Youssef (Al-Ettifaq, SAU), Anice Badri (Esperance), Bassem Srarfi (Nice, FRA), Wahbi Khazri (Rennes, FRA), Saber Khalifa (Club Africain), Ghaylen Chaaleli (Tunis) e Naim Sliti (Dijon, FRA).








Imagem: Fifa.com