Atlético de Madrid elimina Leverkusen nos pênaltis
Na partida de ida, na Alemanha, o Atlético de Madri era o favorito contra o Bayer Leverkusen. Atual campeão espanhol e vice da UEFA Champions League, o clube se via na condição em que anteriormente enxergava os adversários, e tirava proveito. Pois o Bayer soube ser Atlético, e com muita intensidade, organização, luta e força, surpreendeu os Colchoneros.
O Atlético se caracterizou nos últimos tempos justamente por saber surpreender, mas muitas vezes não saber o que fazer quando era surpreendido. A bola parada era a principal arma nestas ocasiões em jogos dentro da Espanha, mas como repertório único, dificilmente ela iria surtir efeito contra outras equipes da UCL. Era necessário fazer mais hoje no Calderón.
Vicente Calderón, que por sinal, estava lotado de apaixonados pelo Atleti. Eram milhares de "Cholos" empurrando a equipe, repetindo a fórmula de tanto sucesso na temporada passada. O Atleti pareceu em determinados momentos confundir contundência com pressa. Queria o gol o mais rápido possível, mas ia meio meio afobado em busca dele. O resultado foi a pouca efetividade no começo da partida, e até um certo controle do Leverkusen, que pareceu ter vindo a Madrid sabedor do que buscava: se defender.
Após um 0 x 0, muita tensão e luta na prorrogação, o jogo foi para as penalidades. Entre isoladas e boas cobranças, o Atlético de Madrid foi mais competente, e venceu por 3 x 2. Com isto, está classificado para as quartas-de-final da UEFA Champions League, e aguarda seu adversário no sorteio dos confrontos.
Se na temporada passada o Atlético foi campeão espanhol, em 2012-13 ganhou a Copa do Rei e em 2011-12 a Copa da UEFA. Só fica faltando mesmo é o título da Champions para coroar o trabalho de Simeone. Título, que aliás não veio por pouco em 2014. Depois do jogo de hoje, o Atleti deve ir com sangue nos olhos e focar tudo na UCL. O grupo Colchonero não é tão grande assim, teve perdas importantes não repostas em mesmo nível, e acaba uma hora ou outra castigado por lesões e suspensões. É difícil para um clube manter o nível que o Atleti tinha na temporada passada, e esta dificuldade foi sentida hoje.
Se no ano passado foi possível tirar forças para encarar os Gigantes em duas frentes, nesta a missão será complicada. Mas como duvidar deste Atlético de Simeone? Mesmo quando faltam forças, mesmo quando falta qualidade, ainda sobra garra e um coração do tamanho da Europa, faminto para conquistá-la.