Quando as bolinhas definiram Schalke 04 e Real Madrid como adversários nas oitavas de final desta Champions League, era quase uma unanimidade o favoritismo merengue. Muitos apostavam que o 9 x 2 do agregado nesta mesma fase, na temporada passada (apenas na ida, na Alemanha, o Real fez 6 x 1) poderia se repetir. Mas em campo, hoje, nada disto foi visto.
O Real havia ganho por 2 x 0 no jogo de ida na Veltins Arena, o que lhe dava uma grande vantagem, que foi diminuída com o gol de Fuchs, após ajeitada de Huntelaar, logo no começo da partida. Cristiano Ronaldo chegou a empatar o jogo em 1 x 1 com um gol de cabeça, mas o mesmo Huntelaar voltou a colocar o Schalke na frente do marcador, aproveitando rebote de Casillas após chute forte de Meyer, de fora da área. Os mineros só não foram para o intervalo com a vantagem, porque Cristiano Ronaldo voltou a empatar, novamente de cabeça, agora aproveitando cruzamento de Coentrão. Com este gol, Cristiano alcançou a marca de 75 tentos na Champions, igualando Lionel Messi como maior artilheiro da história da competição. CR7 também chegou a marca de 78 gols em competições da UEFA, tornando se assim o líder histórico no quesito.
O segundo tempo continuou com uma verdadeira chuva de gols. Benzema chegou a fazer o Real Madrid virar a partida, marcando o gol que lhe alçou ao Top-10 de artilheiros históricos da Champions, em mais uma marca histórica do dia. A vantagem merengue durou pouco, porque o garoto Sané, mostrando não sentir o peso de enfrentar o Real Madrid no Santiago Bernadeú, empatou a partida com um golaço.
O Schalke foi valente, e acabou indo para cima, conseguindo retomar a vantagem no marcador, com mais um gol de Huntelaar. O Santiago Bernadeú tremeu então. Um gol do Schalke eliminava o Real Madrid. Mas ele não saiu. Muito porque Casillas, que para alguns falhou nos três primeiros gols do time alemão, fez boas intervenções no momento de pressão alemã.
Apesar da derrota, o Schalke 04 saiu de campo com a moral elevada. Os comandados de Di Matteo fizeram mais do que deles esperava. Já o Real mostrou falhas que podem ser fatais contra adversários de maior poderio em fases posteriores, especialmente na defesa, gerando muita preocupação na torcida. O retorno de Modric, que começou a se dar hoje, pode ajudar a equipe de Ancelotti a voltar a ter o controle de seus jogos, deixando menos exposto um setor defensivo, que no momento conta com dois laterais muito ofensivos, e não possui um volante na frente da área. Há tempo para melhorar, embora não muito.