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A História da Copa do Mundo de Futebol Feminino



A Copa do Mundo de Futebol feminino teve a sua primeira edição realizada na China, em 1991, 61 anos depois do primeiro torneio Mundialista de Futebol para os Homens. Com o passar dos anos, e das décadas, o torneio foi crescendo. Se as primeiras edições tinham apenas 12 participantes, o número cresceu para 16 depois, até chegar aos 24 países em 2015. No total, quatro países diferentes já se sagraram campeões a Copa do Mundo de futebol feminino: Estados Unidos, Noruega, Alemanha e Japão.

Nós trazemos abaixo um pequeno resumo das edições já realizadas na história do torneio, que em 2019 acontecerá na França, onde esperamos que um quinto campeão entre na lista dos vencedores: O Brasil.
Confira como foram as sete edições já realizadas:


1991

País-Sede: China.
Campeão: Estados Unidos.
Vice-Campeão: Noruega.
Bola de Ouro: Carin Jennings (EUA).
Artilheira: Michelle Akers (EUA).

O sonho da Copa feminina teve início em Novembro de 1991, quando, quatro anos depois do primeiro Mundialito organizado pela FIFA, a entidade máxima do futebol organizou a primeira Copa do Mundo de Futebol Feminino, com sede na China. Estavam presentes lá 12 seleções, de seis continentes, divididas em três grupos de quatro equipes, cada um.

O Brasil ficou no grupo da morte, a Chave B, ao lado das fortes seleções dos Estados Unidos, Suécia e Japão. Apesar da vitória por 1 x 0 contra o Japão, os tropeços por 5 x 0 e 2 x 0 contra Estados Unidos e Suécia, impediram a classificação brasileira para as quartas-de-final. Na Chave A, avançaram China, Noruega e Dinamarca; na Chave C, Alemanha, Itália e Taiwan.

Os EUA se sagraram campeões após bater a Noruega na final, por 2 x 1, perante uma platéia de 65.000 pessoas, no Estádio Tianhe, de Guangzhou.


1995



País-Sede: Suécia.
Campeão: Noruega.
Vice-Campeã: Alemanha.
Bola de Ouro: Hege Riise (NOR).
Chuteira de Ouro: Ann Kristin Aarones (NOR).


A segunda edição da Copa do Mundo de Futebol feminino aconteceu na Europa, mais precisamente, na Suécia. Novamente, o torneio contou com a presença de 12 seleções, divididas em três grupos de quatro selecionados. O Brasil ficou no grupo A, novamente a chave da morte, ao lado de Alemanha, Suécia e Japão. A vitória por 1 x 0 sobre a Suécia não foi o suficiente para o avanço, já que o Brasil terminou na lanterna do grupo de todo o jeito, e viu as outras três seleções passarem de fase.

No grupo B, alcançaram a segunda fase a Noruega e a Inglaterra, enquanto no grupo C, Estados Unidos, China e Dinamarca avançaram. Nas quartas-de-final, a Alemanha passou pela Inglaterra, enquanto a China se classificou, eliminando a Suécia nos pênaltis. Os Estados Unidos passaram por cima do o Japão, e a Noruega fez a Dinamarca dar adeus ao certame.

Nas semifinais, a Alemanha eliminou a China, e a Noruega os Estados Unidos. Na decisão, as norueguesas derrotaram as alemãs por 2 x 0, conquistando o título que havia escapado quatro anos antes, na Ásia. Já os Estados Unidos, ficaram com a terceira colocação, após derrotar a China, também por 2 x 0, e um ano depois se sagraram como os primeiros Campeões Olímpicos de futebol feminino, nos jogos recebidos pela cidade de Atlanta.


1999


País-Sede: Estados Unidos.
Campeão: Estados Unidos.
Vice-Campeã: China.
Bola de Ouro: Sun Wen (CHN).
Chuteira de Ouro: Sissi (BRA).


A terceira Copa do Mundo de futebol feminino teve pela primeira vez 16 seleções participantes, e também pela primeira vez aconteceu nos Estados Unidos. O torneio veio no embalo da Copa do Mundo de futebol masculino de 1994, e contou com grande presença de público, além de grandes jogos.

O Brasil acabou o campeonato na terceira colocação, após derrotar a até então Campeã Noruega nas penalidades. A brasileira Sissi foi a artilheira do torneio, com sete gols.

Os Campeões foram os Estados Unidos, que derrotaram a China nos pênaltis, após uma final sem gols no tempo normal e na prorrogação, vista por 90 mil pessoas, em um Rose Bowl lotado.


2003



País-Sede: Estados Unidos.
Campeão: Alemanha.
Vice-Campeã: Suécia.
Bola de Ouro: Birgit Prinz (ALE).
Chuteira de Ouro: Birgit Prinz (ALE).

A quarta edição da Copa do Mundo foi realizada novamente nos Estados Unidos, após a China, a sede antes escolhida para esta edição, sofrer com um surto da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS). O torneio novamente contou com 16 seleções presentes.

No grupo A, os Estados Unidos avançaram, juntamente com a Suécia, deixando para trás a Coréia do Norte, e a Nigéria. As donas da casa venceram suas três partidas.

No grupo B, o Brasil começava a se consolidar como uma força, avançando como líder, após derrotar Noruega e Coréia do Sul, e empatar com a França (as norueguesas avançaram em segundo). Na Chave C, avançaram para as eliminatórias, Alemanha e Canadá, respectivamente, deixando para trás Argentina e Japão. No grupo D, a China avançou em primeiro, seguida da Rússia, que deixou para trás Austrália e Gana.

Nas quartas-de-final, os Estados Unidos encerraram a participação da seleção norueguesa, enquanto a Alemanha aplicaria o seu placar favorito, 7 x 1, na Rússia. O Canadá eliminou a China, e no confronto mais equilibrado, a Suécia acabou com o sonho brasileiro, vencendo por 2 x 1.

Com grandes atuações de Brigit Prinz, a Alemanha eliminou os Estados Unidos nas semi-finais, e bateu na final a Suécia, por 2 x 1 (com gol de ouro na prorrogação), se sagrando Campeã do Mundo pela primeira vez na história.


2007



País-Sede: China.
Campeão: Alemanha.
Vice-Campeã: Brasil.
Bola de Ouro: Marta (BRA).
Chuteira de Ouro: Marta (BRA).


A China organizou novamente a Copa do Mundo de Futebol Feminino, em 2007. O certame foi marcado pela campanha das duas finalistas: a Alemanha, consistente na defesa, e que terminou o Campeonato sem sofrer gols, e o Brasil de Marta, arrasador no ataque, e seleção de goleadas de 4 x 0 sobre a dona da casa na fase de grupos, e sobre os Estados Unidos nas semi-finais.

Na Grande final, a Alemanha e o seu pragmatismo bateram o Brasil por 2 x 0. Marta chegou a perder um pênalti quando o jogo estava 1 x 0 para a Alemanha, que só marcou o segundo gol no finalzinho. A terceira colocação ficou com as norte-americanas.

Mesmo com o pênalti perdido na final, Marta ficou consagrada para sempre como a maior jogadora da história, graças à suas atuações fantásticas naquele Mundial.



2011


País-Sede: Alemanha.
Campeão: Japão.
Vice-Campeã: Estados Unidos.
Bola de Ouro: Homare Sawa (JPN).
Chuteira de Ouro: Homare Sawa (JPN).


A Copa do Mundo de Futebol feminino de 2011 teve como campeão o Japão, que nas quartas-de-final havia surpreendido a Alemanha, no jogo que ficou conhecido como o milagre de Wolfsburg. Nas semi-finais, as japonesas derrotaram as suecas, e na decisão, surpreenderam outra potência, os Estados Unidos.

O Brasil caiu justamente diante das americanas, nas quartas-de-final. A seleção de Marta chegou a estar vencendo na prorrogação, contudo, sofreu um gol no finalzinho, e caiu nos pênaltis.


2015



País-Sede: Canadá.
Campeão: Estados Unidos.
Vice-Campeã: Japão.
Bola de Ouro: Carli Lloyd (EUA).
Chuteira de Ouro: Carli Lloyd (EUA).

A Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2015 foi a sétima edição do torneio e aconteceu no Canadá, entre os dias 6 de junho e 5 de julho. Contou com um aumento de 16 para 24 seleções.

A final foi a reedição de 2011, com os Estados Unidos enfrentando o Japão, mas desta vez, tivemos um campeão diferente. Com show de Carlin Loyd e uma atuação arrasadora, os EUA derrotaram o selecionado asiático por 5 a 2, e se sagraram campeões da competição. Foi o terceiro título norte-americano, e o primeiro no Século XXI, encerrando um jejum que durava 16 anos.

Carli Lloyd já havia sido decisiva marcando gol nas Oitavas, nas quartas, e nas semi-finais. Mas na decisão, ela extrapolou. Com seis minutos, já computava um doblete, que se transformou em Hat-Trick, com um gol sensacional, encobrindo a goleira do Japão com um chute desferido do meio de campo. Antes disto, Holiday já havia marcado o terceiro gol norte-americano.


Só depois do quarto gol, e com a entrada da experiente Sawa, o Japão conseguiu se encontrar em campo, e até chegou a descontar ainda na primeira etapa, com Ogimi. A reação era boa, mas uma virada, só viria com um milagre.
O time japonês chegou a descontar novamente, com um gol contra da zagueira Johnston. Mas o quinto gol norte-americano, marcado por Heath, decretou a goleada de 5x2, e colocou os Estados Unidos, novamente no lugar mais alto do Mundo.

O time americano viu Loyd receber o Prêmio de melhor jogadora do torneio. Além disto, ela também foi a vice-artilheira do certame. A alemã Sasic, foi a artilheira. A Jogadora Jovem do torneio foi a Canadense Buchanann.

Após derrotar Coréia do Sul, Espanha e Costa Rica na fase de grupos, o Brasil parou em uma derrota para a Austrália, nas Oitavas-de-final.


2019



País-Sede: França.
Campeão: Estados Unidos.
Vice-Campeã: Holanda.
Bola de Ouro: Megan Rapinoe (EUA).
Chuteira de Ouro: Ellen White (ING), com seis gols, assim como Alex Morgan e Megan Rapinoe (EUA). White ganhou nos critérios de desempate.


A Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019 foi a oitava edição do torneio, e teve a França como país-sede. Foi o primeiro mundial em solo gaulês, sendo o mesmo disputado entre o dia 7 de junho, e o dia 7 de julho, em um total de onze cidades diferentes. Os Estados Unidos venceram a Holanda na final por 2 a 0, e conquistaram a Copa do Mundo pela quarta vez na história, sendo seu segundo consecutivo, tornando-se a segunda seleção desde a Alemanha em 2007 a defender seu título com sucesso. Para chegar na final, as estadunidenses passaram por um grupo com Tailândia, Chile e Suécia, e depois eliminaram Espanha, França e Inglaterra, três fortes seleções europeias.

Na primeira rodada da fase de grupos, os Estados Unidos venceram a Tailândia por 13 a 0, no que se tornou a maior goleada na história da competição. Com dois gols marcados pelo Brasil, um no duelo contra a Austrália e outro contra a Itália, Marta chegou na marca de dezessete gols na história das Copas, superando o alemão Miroslav Klose, como maior goleadora de mundiais. Tornou-se ainda a primeira atleta, entre homens e mulheres, a marcar em cinco edições diferentes de Copa do Mundo, entrando ainda mais para a história.


2023



País-Sede: Austrália e Nova Zelândia.
Campeão: Espanha.
Vice-Campeã: Inglaterra.
Bola de Ouro: Aitana Bonmatí (ESP).
Chuteira de Ouro: Hinata Miyazawa (JPN) com 5 gols.



A Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2023 foi a nona edição do torneio internacional de seleções femininas. Ela ocorreu entre 20 de julho e 20 de agosto de 2023, e foi a edição mais tardia do torneio até o momento. Diferentemente das edições anteriores, esta ocorreu em dois países simultaneamente, a Austrália e a Nova Zelândia, representando a primeira vez que a Copa do Mundo de Futebol Feminino aconteceu em dois países ao mesmo tempo. Além disso, esta edição marcou o primeiro torneio mundial de futebol profissional a ser realizado na Austrália e na Nova Zelândia, e na Oceania de uma forma geral.

A Espanha se sagrou como a grande campeã, vencendo a Inglaterra por 1 a 0 na final, com gol de Olga Carmona.



Confira a lista completa de Campeãs da Copa do Mundo de futebol feminino:


Estados Unidos: 4 conquistas (1991, 1999, 2015 e 2019).
Alemanha: 2 conquistas (2003 e 2007).
Japão: 1 conquista (2011).
Noruega: 1 conquista (1995).
Espanha: 1 conquista (2023).