Um ano da mordida de Suárez em Chiellini



Há um ano atrás, no dia 24 de Junho de 2004, Uruguai e Itália se enfrentaram em jogo válido pela terceira Rodada da fase de grupos da Copa do Mundo 2014, que aconteceu aqui no Brasil. O dia também teve outras partidas: o empate entre Inglaterra e Costa Rica em 0x0, a goleada da Colômbia sobre o Japão por 4 x 1, e a vitória da Grécia por 2x1 sobre a Costa do Marfim. Mas foi justamente este jogo entre Itália e Uruguai, vencido por 1x0 pelos Charrúas, que mais chamou a atenção. O motivo: a famosa mordida de Luis Suárez em Chiellini, que gerou a suspensão do uruguaio e o tirou daquela Copa do Mundo.

A partida entre Itália e Uruguai aconteceu na Arena das Dunas. O árbitro Marvin Torrentermora, não viu Suárez mordendo Chiellini em uma disputa de bola, mesmo que as marcas dos dentes do uruguaio tenham ficado no ombro do Italiano, e que Luisito tenha ficado com dor no dente e pedido atendimento.

Na quinta-feira, dois dias depois da partida, Suárez foi suspenso, condenado, e praticamente expulso da Copa, tendo sua credencial arrancada. Ainda ficaria meses sem jogar, suspenso, só voltando aos gramados no dia 25 de outubro, já com a camisa do Barcelona, no Clássico contra o Real Madrid, válido pelo Campeonato Espanhol. Quanto à seleção, ele pegou nove jogos oficiais de suspensão, ficando de fora inclusive da Copa América, que acontece no Chile.


Como foi a partida



Mais do que um simples jogo de Futebol, a partida representava o orgulho das duas nações. Tanto a Itália, Tetracampeã mundial, quanto o Bicampeão Mundial Uruguai, haviam perdido para a surpreendente Costa Rica, mas ganho da badalada Inglaterra nas duas primeiras rodadas. 

A Itália jogava pelo empate, o que explica muito da sua postura, que beirava o anti-jogo. A todo momento os Italianos deixavam claro que buscavam o empate, utilizando de todas as armas, incluindo a catimba, para segurar o placar zerado. O Uruguai, por precisar do resultado, demonstrava mais vontade, e buscava vencer a partida. A tradicional falta de inspiração do meio-campo charrúa, combinada à jornada sem inspiração dos atacantes Cavani e Suárez, era fatal. Luisito Suárez chegou a perder um gol na cara de Buffon, antes da mordida em Chielinni.



Depois da expulsão de Marchisio na segunda etapa, a Itália se resguardou ainda mais. Vale lembrar que o jogo era disputado às 13h, na quente Natal, com uma temperatura de 33°C. O Uruguai chegou a reclamar de um pênalti em Edinson Cavani, mas o árbitro Marco Rodríguez, nada marcou.

A angustia começava a apertar no torcedor do uruguaio. Mas foi aí, que a já citada estrela de Godín brilhou. Stuani cobrou escanteio, e o zagueiro do Atlético de Madrid subiu, meio que de cabeça, meio que de ombro, e tocou na bola, tirando ela do alcance de Buffon, e a colocando no fundo da rede.

Com o gol de Godín, o Uruguai passou a ter a vantagem, e ficar com a segunda vaga nas oitavas de Final do Grupo D -a outra já estava garantida pela Costa Rica. A Itália não tinha mais forças para buscar o empate. Prandelli já havia sacado seus dois atacantes Balotelli e Immobile, para colocar Parolo e Cassano, que passam longe de serem artilheiros atualmente. Com um homem a menos ainda, a tarefa ficou impossível para a Azzurra. Bastou ao selecionado Celeste aguardar o apito final, para comemorar a vaga para as oitavas-de-final.


Posteriormente, o Uruguai caiu diante da Colômbia nas Oitavas.

Ficha Técnica:

Itália 1x0 Uruguai

Escalações

Itália x Uruguai


Itália
Gianluigi Buffon; Andrea Barzagli, Leonardo Bonucci e Giorgio Chiellini; Darmian,Claudio Marchisio, Andrea Pirlo, Marco Verratti (Thiago Motta, 30’/2T) e e Mattia De Sciglio; Ciro Immobile (Antonio Cassano, 26’/2T) e Mario Balotelli (Carmo Parolo, intervalo). Técnico: Cesare Prandelli
Uruguai
Fernando Muslera; Martín Cáceres, Juan Manuel Giménez, Diego Godín e Álvaro Pereira (Christian Stuani, 18’/2T); Nicolás Lodeiro, Arévalo Ríos, Álvaro González e Cristian Rodríguez (Gastón Ramírez, 33’/2T); Edinson Cavani e Luis Suárez. Técnico: Oscar Tabarez
Local: Arena das Dunas, em Natal.
Árbitro: Marco Rodríguez (MEX).
Gols: Godín, 36’/2T.
Cartões amarelos: Balotelli, Arévola Ríos, De Sciglio, Muslera.
Cartões vermelhos: Marchisio.