Há quatro anos, o Brasil era goleado pela Alemanha, em partida válida pela semi-final da Copa do Mundo 2014. O dono da casa levou 7 a 1 e deu adeus ao sonho do Hexa, naquela que foi certamente a pior derrota da História da seleção Brasileira de futebol. Um ciclo se passou, e algumas coisas mudaram. O que era para ser um baque, até foi um fato isolado, mas a reflexão pouca coisa postiva trouxe, além de ter gerado conceitos errados. Bem, mas vamos relembrar como foi aquela, acima de tudo, histórica partida.
Sem seu craque, Neymar, o Brasil foi encarar a Alemanha. Felipão colocou Bernard no lugar de Neymar, que havia se lesionado contra a Colômbia nas quartas. Tentou aproveitar os vazios que a Alemanha deixava entre Neuer e os zagueiros, apostando na alegria nas pernas do ex-jogador do Atlético-MG. O Brasil começou bem o jogo. Atacou bastante a Alemanha por 10 minutos. Fossem os germânicos fracos mentalmente, poderiam ter sucumbido à pressão inicial. Mas se mantiveram fortes, e aos poucos intensificaram a pressão na saída de bola da Seleção.
No segundo ataque, a Alemanha conseguiu o seu gol. Depois do gol alemão, o Brasil se perdeu totalmente em campo. Mais uma vez o sonho parecia perdido. Metade do time ficava no ataque, tentava buscar o empate. O Brasil não conseguia sair da pressão alemã. David Luiz tentava colocar a equipe em campo rival, mas a Alemanha cortava todas as linhas de passe. O Brasil foi errando passes na saída de bola, a Alemanha roubando em zonas adiantadas, e virou uma avalanche. Além do mais, o Brasil ainda começou a reclamar de faltas e pênaltis com a arbitragem, algo que de nada positivo adiantou.
A Alemanha fez o segundo, o terceiro, o quarto, o quinto gol, entre os 23 e os 29 minutos do primeiro tempo. Recuou, naturalmente. Com Luis Guustavo recuado à zaga, laterais adiantados, e Paulinho e Ramires nos lugares de Hulk e Fernandinho, o Brasil melhorou no começo do segundo tempo, passando a atuar no 4-1-4-1, que já havia dado boa resposta antes, mas desta vez, nada que gerasse uma reação. Tamanho era o nervosismo brasileiro, o time só foi conseguir marcar lá no finalzinho do jogo, com Oscar. Neste meio tempo, a Alemanha já tinha feito o sexto e o sétimo tento.
O Brasil foi valente, foi mais longe do que podia na Copa do Mundo de uma maneira em geral. Tivesse adotado a posição de "azarão", e diminuído o impacto psicológico, não teria levado 7 a 1 da Alemanha, frustrando o seu torcedor e protagonizado um vexame. Culpados não foram só os jogadores, mas sim um todo que os cerca. O leitor é inteligente, ele sabe quem gera todo este contexto.
Ficha Técnica:
Brasil 1×7 Alemanha
Escalações
Brasil
Julio César; Maicon, Dante, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho (Paulinho, intervalo), Hulk (Ramires, intervalo), Oscar, Bernard; Fred (Willian, 24′/2T). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Alemanha
Manuel Neuer; Philipp Lahm, Jérôme Boateng, Mats Hummels (Per Mertesacker, intervalo) e Benedikt Höwedes; Sami Khedira (Julian Draxler, 31′/2T), Bastian Schweinsteiger, Thomas Müller, Toni Kroos e Mesut Özil; Miroslav Klose (André Schürrle, 13′/2T). Técnico: Joachim Löw.
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Árbitro: Marco Rodríguez (MEX)
Gols: Thomas Müller, 11′/1T, Miroslav Klose, 23′/1T, Toni Kroos, 24′/1T, Toni Kroos, 26′/1T, Sami Khedira, 29′/1T, André Schürrle, 24′/2T, André Schürrle, 31′/2T, Oscar, 45′/2T
Cartões amarelos: Dante
Cartões vermelhos: nenhum
Árbitro: Marco Rodríguez (MEX)
Gols: Thomas Müller, 11′/1T, Miroslav Klose, 23′/1T, Toni Kroos, 24′/1T, Toni Kroos, 26′/1T, Sami Khedira, 29′/1T, André Schürrle, 24′/2T, André Schürrle, 31′/2T, Oscar, 45′/2T
Cartões amarelos: Dante
Cartões vermelhos: nenhum