Confira abaixo um resumo do que rolou nas quartas de Final da Copa do Mundo 2014.
Alemanha bate França e está na semi-final da Copa do Mundo
Jogando como favorita, se impondo como sua camisa manda, e impiedosa, a Alemanha derrotou a França por 1 a 0 nesta sexta-feira no Maracanã, em jogo válido pelas quartas-de-final da Copa do Mundo 2014, e se garantiu nas semifinais do certame. O zagueirão do Borussia Dortmund, Mats Hummels, levou para a seleção o faro de gol que já mostra tradicionalmente no time aurinegro, e marcou o tento que colocou os alemães em sua 13º semi-final na história dos mundiais. Além de tudo, ele ainda fez uma partida perfeita atrás, sendo a base da sólida linha defensiva germânica.
O jogo teve a sua velocidade e intensidade natural um pouco diminuída, graças ao calor da tarde carioca. O clima, no entanto, não fez com que as equipes perdessem o ímpeto ofensivo. Logo aos 12 minutos de jogo, Toni Kroos cobrou falta e alçou a bola na área. Hummels ganhou de Varane pelo alto, e mandou de cabeça para o fundo das redes, sem chances para o goleiro Lloris.
A França ainda tentou de todas as formas, durante o jogo todo, empatar, mas acabava parando na excelente defesa germânica, liderada pelo Milagroso goleiro Manuel Neuer. Na defesa mais difícil, ele parou com uma só mão um chute forte, cruzado, de Benzema, no finalzinho da partida.
O grande pecado alemão foi não ter marcado o segundo gol nas oportunidades que teve, principalmente no contragolpe. O time, no entanto, soube controlar bem a partida, e garantiu assim o seu lugar na semifinal.
Vale destacar que Miroslav Klose começou a partida como titular, mas mais uma vez não conseguiu marcar o seu 16º gol em copas, e se tornar de maneira isolada o maior artilheiro da história das Copas do Mundo, já que no momento ele divide esta condição com o brasileiro Ronaldo.
França 0×1 Alemanha
Escalações:
França
Hugo Lloris; Mathieu Debuchy, Raphäel Varane, Mamadou Sakho (Laurent Koscielny, 27′/2T) e Patrice Evra; Paul Pogba, Yohan Cabaye (Loïc Rémy, 28′/2T) e Blaise Matuidi; Mathieu Valbuena (Olivier Giroud, 40′/2T), Karim Benzema e Antoine Griezmann. Técnico: Didier Deschamps.
Alemanha
Manuel Neuer; Philipp Lahm, Jérôme Boateng, Mats Hummels e Benedikt Höwedes; Bastian Schweinsteiger, Sami Khedira, Thomas Müller, Toni Kroos (Christoph Kramer, 47′/2T) e Mesut Özil (Mario Götze, 38′/2T); Miroslav Klose (André Schürrle, 24′/2T). Técnico: Joachim Löw.
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro
Árbitro: Néstor Pitana (ARG)
Gols: Mats Hummels, 13′/1T
Cartões amarelos: Sami Khedira e Bastian Schweinsteiger
Cartões vermelhos: nenhum
Árbitro: Néstor Pitana (ARG)
Gols: Mats Hummels, 13′/1T
Cartões amarelos: Sami Khedira e Bastian Schweinsteiger
Cartões vermelhos: nenhum
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Brasil vence Colômbia e avança
Com certeza, ao final da Copa nós poderemos dizer que a partida entre Brasil e Colômbia, válida pelas quartas de final da Copa do Mundo 2014, foi um marco na vida da Seleção. Um eventual fracasso, certamente será colocado na conta da lesão de Neymar. Caso tivesse ganhado a Copa de 82, seria a Copa do Zico. A Copa de 94 foi de Romário. A de 2002 de Ronaldo. A de 2014 era para ser de Neymar. Mas uma lesão nas costas, após um lance com o lateral Zuñiga, tirou o ex-menino da vila da Copa do Mundo, deixando a seleção sem o seu embaixador.
Mas foi justamente nesta partida contra a Colômbia, que o Brasil reencontrou a identidade que mostrou na Copa das Confederações. A pressão, que vinha sendo transformada em nervosismo, virou intensidade. A vitória de 2×1 sobre os Cafeteros mostrou um Brasil maduro, que não foi brilhante, mas foi altamente seguro e competente. Os dois gols brasileiros saíram em lances de bola parada. Tiago Silva marcou no começo da partida, com a perna esquerda, após uma cobrança de escanteio. David Luiz fez o segundo, em uma cobrança de falta na segunda etapa.
Também foi com a bola parada que a Colômbia descontou. O tento cafeteiro saiu de um pênalti convertido por James Rodríguez. O jovem meia atacante não sentiu a pressão na hora da cobrança, mas sentiu os efeitos da fama. A badalação que o cercou durante uma semana trouxe todos os holofotes e um montão de marcadores para a volta dele. O seu escudeiro Cuadrado foi uma verdadeira decepção. A Colômbia como um todo sofreu com a marcação brasileira, que pouco deu espaços. E quando os espaços apareciam, lá estavam os dois zagueirões brasileiros. Zagueiros artilheiros, mas não perigo em duas áreas.
Tiago Silva é o capitão de fato, David Luiz o de direito. Sem Neymar lesionado e com Tiago Silva suspenso para o confronto contra a Alemanha na semifinal, o novo jogador do Paris Saint-Germain passa a ser a figura da seleção brasileira. E que figura!
David Luiz já chama a atenção com sua vasta cabeleira. Mais do que isto, ele realmente apela para o Marketing em alguns momentos, e força algumas situações. Mas não todas. Certamente ele vestiu a bandeira da Copa em casa, e virou a inspiração para toda a equipe. Quando seus companheiros estão desabando pela pressão, lá está David, com uma palavra amiga para levantá-los. Até o adversário James Rodríguez, ao chorar copiosamente após a eliminação colombiana, teve o ombro do cabeludo, para derramar suas lágrimas.
Se David Luiz é a personificação da garra brasileira, e uma representação do espírito do povo em campo, o time terá de ser cada vez mais a imagem e semelhança de seu líder. O Brasil não tem o melhor time com sobras da Copa. Talvez nem tenha o melhor time. Certamente não tem o melhor jogador. Mas tem o fator local, a torcida, e vai precisar ter um coração do tamanho da nação para superar os desafios destes 180 minutos, e ser Campeão da sua Copa do Mundo.
FICHA TÉCNICA
Brasil 2×1 Colômbia
Escalações:
Brasil
Júlio César; Maicon, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo; Fernandinho, Paulinho (Hernanes, 41′/2T), Oscar, Neymar (Henrique, 43′/2T) e Hulk (Ramires, 38′/2T); Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Colômbia
David Ospina; Juan Zúñiga, Cristián Zapata, Mario Yepes e Pablo Armero; Fredy Guarín, Carlos Sánchez, Juan Cuadrado (Juan Quintero, 35′/2T), James Rodríguez e Víctor Ibarbo (Adrián Ramos, intervalo); Teófilo Gutiérrez (Carlos Bacca, 25′/2T). Técnico: José Pekerman.
Local: Castelão, em Fortaleza
Árbitro: Carlos Velasco Carballo (ESP)
Gols: Thiago Silva, 7′/1T, David Luiz, 24′/2T, James Rodríguez, 35′/2T
Cartões amarelos: Thiago Silva, James Rodríguez, Mario Yepes e Júlio César
Cartões vermelhos: nenhum
Árbitro: Carlos Velasco Carballo (ESP)
Gols: Thiago Silva, 7′/1T, David Luiz, 24′/2T, James Rodríguez, 35′/2T
Cartões amarelos: Thiago Silva, James Rodríguez, Mario Yepes e Júlio César
Cartões vermelhos: nenhum
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Enfim o Higuain do Napoli estreou na Argentina
Pergunte para qualquer partenopei qual foi o melhor jogador do Napoli na temporada 2013/14, e ele não vai hesitar em responder que foi Gonzalo Higuain. O ex-centrovante do Real Madrid brilhou na última série A Italiana, e deixou saudades na torcida madridista, acostumada a ter com ele e Benzema dois dos melhores centroavantes da atualidade. Sem o ‘Pipita”, o Francês se viu sobrecarregado por boa parte da temporada passada.
A boa noticia para a Argentina, é que o Higuain do Napoli estreou na Copa. Foi ele o principal responsável pela vitória argentina sobre a Bélgica por 1 a 0, pelas quartas de final da Copa do Mundo 2014. Higuaín marcou o gol da albiceleste, chutou bola na trave, criou situações, e foi a principal ameaça ao sistema defensivo belga durante o jogo todo, mostrando que mesmo com as lesões de Dí Maria (que aconteceu durante esta partida) e Aguero, e a ausência de Tevez, não convocado para o Mundial, Messi não está sozinho na seleção.
A Argentina fez contra a Bélgica a sua partida mais segura do ponto de vista defensivo neste Mundial. Conseguiu trocar passes com naturalidade, sobretudo graças às mudanças na equipe. Demichelis na zaga, e Biglia no meio, fecharam o buraco defensivo pelo lado direito argentino, além de agregarem com a qualidade no passe. Quando Dí Maria se lesionou, Enzo Pérez entrou para reforçar ainda mais a troca de bolas da Argentina, uma das lideres no quesito neste Mundial.
Na única chance real dos Belgas na partida, Messi perdeu um gol após ficar de frente com o goleirão Courtois, e viu a sua equipe sofrer contra-ataque. Mas um perfeito Ezequiel Garay travou chute de Lukaku, e Witsel chutou por cima.
Com um De Bruyne nervoso, e um Hazard apagado, a Bélgica ficou sem saídas, e apelou para o chuveirinho. Foram 19 bolas na área, mas só quatro corretas. A zaga argentina, muito bem postada, se mostrou “cascuda”, e mostrou que se o setor foi preocupação em 2010, em 2014 ele pode ser a diferença.
A Argentina agora encara a Holanda nas semi-finais. Carrega um certo favoritismo, embora se deva levar em conta a força dos Holandeses, que apesar de se mostrarem dependentes de Robben, ainda tem um dos times mais letais da copa. Promessa de jogão.
Ficha Técnica:
Argentina 1×0 Bélgica
Escalações:
Argentina
Sergio Romero; Pablo Zabaleta, Ezequiel Garay, Martín Demichelis e José Basanta; Javier Mascherano e Lucas Biglia; Ángel Di Maria (Enzo Pérez, 33′/1T), Lionel Messi e Ezequiel Lavezzi (Rodrigo Palacio, 25′/2T); Gonzalo Higuaín (Fernando Gago, 36′/2T). Técnico: Alejandro Sabella
Bélgica
Thibaut Courtois; Tobt Alderwireld, Daniel van Buyten, Vincent Kompany e Jan Vertonghen; Marouane Fellaini e Axel Witsel; Kevin Mirallas (Dries Mertens, 14′/2T), Kevin De Bruyne e Eden Hazard (Nacer Chadli, 30′/2T); Divock Origi (Romelu Lukaku, 14′/2T). Técnico: Marc Wimots
Local: Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA)
Gols: Higuaín, 8′/1T
Cartões amarelos: Hazard, Alderweireld, Biglia
Cartões vermelhos: nenhum
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA)
Gols: Higuaín, 8′/1T
Cartões amarelos: Hazard, Alderweireld, Biglia
Cartões vermelhos: nenhum
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A grande aposta de Van Gaal
"Todos nós achávamos que Tim (Krul) era o melhor goleiro para defender as penalidades. Ele é mais alto, e tem um alcance maior nas cobranças. Funcionou. Isso foi lindo. Estou orgulhoso disso."
Louis van Gaal conseguiu inverter totalmente a vantagem psicológica ao trocar seu goleiro titular, Jasper Cillessen, por Tim Krul. O empate em 0x0 no tempo normal e na prorrogação, foi uma espécie de vitória da seleção costa-riquenha, que conta com um grande goleiro como Keylor Navas.
A entrada de Krul intimidou os batedores costa-riquenhos, que ao verem um goleiro entrar só para defender suas penalidades, se abateram claramente na hora das cobranças. Krul pegou duas penalidades da Costa Rica, e colocou a Holanda na semi-final, botando um ponto final no sonho dos Ticos.
No entanto, é interessante considerar o custo dessa decisão. Ao segurar uma substituição por 120 minutos, para colocar um goleiro, Van Gaal estava forçando a sua equipe a jogar duas horas de futebol, com apenas duas substituições feitas, enquanto a Costa Rica havia feito três.
Embora a Holanda tenha tido as melhores chances para marcar no tempo normal, e criado algumas oportunidades na prorrogação, a Costa Rica foi mais perigosa no tempo extra, especialmente com Marco Ureña, um dos jogadores que entrou no decorrer da partida. Tivesse a Holanda perdido o jogo na prorrogação, Van Gaal teria sido massacrado.
Mas todo o vencedor tem que ter sorte. E a estratégia de Van Gaal deu certo. Pode apostar que ela será copiada por outras equipes.
Ficha Técnica:
Holanda x Costa Rica
Escalações:
Holanda
Jasper Cillessen (Tim Krul, 15′/2TP); Stefan De Vrij; Ron Vlaar e Bruno Martins Indi (Klaas-Jan Huntelaar, intervalo da prorrogação); Dirk Kuyt, Georginio Wijnaldum, Wesley Sneijder e Daley Blind; Arjen Robben, Robin van Persie e Memphis Depay (Jeremain Lens, 30′/2T). Técnico: Louis van Gaal
Costa Rica
Keylor Navas; Cristian Gamboa (David Myrie, 34′/2T), Michael Umaña, Giancarlo González, Johnny Acosta e Júnior Díaz; Joel Campbell (Marcus Ureña, 21′/2T), Celso Borges, Yeltsin Tejeda (José Cubero, 7′/1TP) e Christian Bolaños; Bryan Ruiz. Técnico: Jorge Luis Pinto
Local: Arena Fonte Nova, em Salvador
Árbitro: Ravshan Irmatov (UZB)
Gols: nenhum
Cartões amarelos: Dias, Martins Indi, González, Acosta, Huntelaar
Cartões vermelhos: nenhum
Árbitro: Ravshan Irmatov (UZB)
Gols: nenhum
Cartões amarelos: Dias, Martins Indi, González, Acosta, Huntelaar
Cartões vermelhos: nenhum