Todo o admirador do bom futebol, já ouviu falar sobre a famosa seleção húngara dos anos de 1950. O time de Puskas e Kubala foi o primeiro a praticar o Futebol Total no cenário internacional, sendo uma espécie de precursor da Holanda dos anos 70. A equipe chegou ao vice-campeonato Mundial em 1954, mas se desfez, após a revolução húngara, em 1956.
O Honvéd, equipe que formava a base da Seleção húngara, estava em Bilbao naquela ocasião, para a disputa de um jogo das Oitavas de final da Copa dos Campeões, quando os jogadores souberam da revolução que se instalava no país. A maioria dos atletas decidiu ficar na Espanha, e defenderam grandes clubes por lá. Após isto, a Hungria passou 60 anos vivendo de pequenos brilhos, e algumas aparições em fases finais de Eurocopas e Copas do Mundo, a última tendo acontecido há 30 anos, no Mundial do México em 1986.
Contudo, o pais foi beneficiado com o aumento de seleções na Eurocopa, e voltará a disputá-la em sua edição de 2016. A classificação veio, com dificuldades. A equipe ficou apenas no terceiro lugar de um grupo teoricamente fraco, atrás apenas da Irlanda do Norte e da Romênia. Acabou tendo de disputar uma repescagem, onde passou pela Noruega.
No sorteio dos grupos da Euro 2016, novamente a Hungria levou sorte. Acabou ficando na chave F, ao lado de Portugal, Áustria e Islândia. Sim, o país do leste Europeu larga como a quarta força do grupo, mas tem chances de classificação que não teria em outras chaves.
Treinada pelo técnico Bernd Stork, a Hungria deverá apostar muito nas transições rápidas, na tentativa de surpreender os adversários. A idéia deverá ser se manter mais bem postada atrás, tentando encaixar alguma bola longa para os atacantes. Szalai, e especialmente Dzsudzsák são muito perigosos, sendo o segundo também uma importante arma no jogo aéreo. Outro nome para ficar de olho, é o do garoto Adam Nagy, de 20 anos. Ele é a principal esperança do país no setor de armação, principal deficiência que esta seleção húngara apresentou durante as eliminatórias.
O goleiro Gábor Király, ex-Hertha Berlim, pode ser muito importante para a Hungria nesta Euro, e de certo irá quebrar um recorde, ao se tornar o jogador mais velho a disputar uma Eurocopa de Seleções, com 40 anos de idade.
O goleiro Gábor Király, ex-Hertha Berlim, pode ser muito importante para a Hungria nesta Euro, e de certo irá quebrar um recorde, ao se tornar o jogador mais velho a disputar uma Eurocopa de Seleções, com 40 anos de idade.
Time-base: Kiraly; Lang, Guzmics, Juhász, Kadar; Kleinheisler, Gera, Nagy, Steiber, Dzsudzsák; Priskin.