O técnico da Suíça, o bósnio Vladmir Petkovic, recebeu uma boa herança do seu antecessor. Ottmar Hitzfeld trabalhou muito bem a seleção suíça nos últimos anos, comandando um processo de busca por novos talentos e organização tática do time. É difícil encontrar alguém que critique algo no seu trabalho.


Hoje, a Suíça é uma seleção que pode dificultar bastante as coisas para os adversários nesta Euro. Tem muita qualidade, sobretudo no meio-campo e na defesa. Nomes como os goleiros Sömmer, Bürki, e Benaglio, o veloz e habilidoso Shaqiri, e o preciso Granit Xhaka, playmaker recentemente contratado pelo Arsenal, podem ser considerados jogadores de ponta, e seriam titulares em muitas das outras 23 seleções que participam desta Euro 2016.


Mesmo com muita qualidade no meio, a precisão da defesa segue sendo o que chama a atenção. Sobram bons goleiros, a zaga é boa, mas são os laterais as peças chave. Lichtsteiner e Ricardo Rodriguez são considerados dois dos melhores alas do Mundo. Bons na parte defesa, fortes no jogo aéreo, ainda tem um apoio qualificado, sempre arrumando alguma coisa positiva para a equipe quando vão até o ataque. Rodríguez ainda é destaque na bola parada, sendo um bom cobrador de pênaltis e faltas.


O grande problema suíço ainda parece ser o ataque. Nas últimas eliminatórias para a Copa do Mundo, Fabian Schar foi o artilheiro do time nas eliminatórias com três gols, e ele é um zagueiro para se ter idéia. Principal nome do setor Drmic está machucado, e não poderá disputar o torneio. Com isto as esperanças podem ser todas depositadas no jovem Embolo, uma das principais promessas do futebol mundial no momento, e que em breve deverá estar brilhando em uma grande liga.


As eliminatórias foram relativamente tranquilas para a Suíça. Ao todo, a seleção alpina somou 21 pontos em 24 jogos, uma campanha com 7 vitórias e 3 derrotas.


Esta é a 4° participação da Suíça em uma Eurocopa. As outras foram 1996, 2004 e 2008, quando sediou o torneio em conjunto com a Áustria e decepcionou bastante ao não passar de fase em uma chave acessível, como nas outras duas ocasiões.


A Suíça larga como segunda força do grupo A, teoricamente atrás da França, e na frente de Romênia e Albânia. Deverá chegar nos mata-matas, e a partir daí incomodar. Como o segundo colocado deste grupo A, cruza com o segundo do B nas Oitavas, a Suíça tem boas condições de avançar até as quartas, embora não pareça ser uma candidata ao título.



Time-base: Sommer; Lichtsteiner, Djourou, Schar, Ricardo Rodriguez; Dzemaili, Behrami, Xhaka; Shaquiri, Seferovic, Mehmedi.