O sonho do País de Gales chegou ao fim. A história, que começou com Gary Speed, técnico que foi ídolo no país, mas cometeu suicídio em 2011, teve um capítulo encerrado com a derrota para Portugal na semifinal da Euro. Entretanto, sob às ordens de Chris Coleman, o time ainda pode fazer muito nos próximos anos. No começo da década, o País de Gales ocupava apenas o 117° no Ranking da Fifa. Hoje, está no Top 10. O trabalho de fortalecimento, que se iniciou com Speed, e se manteve com Coleman, foi brindado com a ótima geração de Gareth Bale e Aaron Ramsey, e ninguém pode dizer que o auge da equipe já chegou. Bale e Ramsey foram responsáveis pela maioria dos gols de Gales, somando eliminatórias + fase final da Euro. Contudo, tiveram o apoio de coadjuvantes de luxo, como Ashley Williams, Hal Robson-Kanu, e Joe Allen. A União do grupo, e a organização tática, o tornaram um dos mais fortes da Europa, e isto ficou bem claro nas duas vitórias sobre a Bélgica (uma nas eliminatórias, outra nas quartas de final). Fora da Euro, mas com uma campanha histórica, o objetivo de Gales passa a ser a classificação para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. A nação britânica já não participa do torneio desde 1958, e buscará um retorno, 60 anos depois. Em um grupo nas eliminatórias, onde terá a companhia de Áustria, Sérvia, Irlanda, Moldávia e Geórgia, Gales larga como favorito, embora as outras três primeiras seleções sejam grandes ameaças. Quem terminar em 1°, vai automaticamente para a Copa, enquanto o 2° colocado terá a repescagem pela frente. Gales tem uma base jovem, com muita lenha para queimar, mesmo que o elenco tenha carências. A geração galesa, sem entrar em clichês, é excelente, e tem tudo para fazer ainda mais história.