A Euro 2016 se encerrou no último domingo com a conquista de Portugal, e é hora de montar a tradicional seleção do torneio. O Futebol Europeu faz agora um pequeno balanço do torneio, com rápidas considerações e a seleção da competição.

Portugal já merecia um grande título há anos. Um país com pouco mais de 10 milhões de habitantes, que não tinha, e nem foi a melhor seleção desta Euro, mas assim como outras equipes que brilharam no último mês, como o País de Gales e a Islândia, praticou sempre a União do grupo e a aplicação em campo, dando seguimento à tendência de outras equipes vencedoras recentes, como o Chile, o Leicester e o Plaza Colonia.

Se Itália e Alemanha foram as melhores seleções em campo, e Portugal quem saiu com a taça, Inglaterra, Rússia, Espanha e Bélgica foram as grandes decepções. Se os ingleses já estão acostumados a dar vexames, e os russos erraram ao se fechar para o exterior, justamente quando estão a beira de sediar uma Copa do Mundo, espanhóis e belgas voltaram a mostrar um futebol pobre taticamente, apesar do bom material técnico. O certo, é que estas quatro seleções, caso não queiram decepcionar na Copa do Mundo de 2018, terão de evoluir, e mesmo italianos, alemães, portugueses e os franceses, derrotados na final em casa, precisarão de pequenos ajustes.

De resto, vale ainda ressaltar, que se a Euro com 24 seleções trouxe times fracos ao torneio, trouxe também várias torcidas muito bacanas à ele. Os espetáculos que os torcedores de Gales, Islândia, Irlanda e Irlanda do Norte proporcionaram foi inesquecível, e isto que a Escócia nem estava presente.

Bem, após estas considerações, confira abaixo a nossa Seleção da Euro 2016.


Goleiro: Rui Patrício

Praticamente inquestionável. Por mais que Buffon tenha sido um gigante, Rui foi fundamental para Portugal levantar a taça, especialmente na final contra a França, e não pode deixar de ser o melhor goleiro do torneio.

Lateral-direito: Sagna

Sagna foi o jogador mais regular da defesa francesa. Aos 33 anos ainda é um dos melhores na sua posição no futebol mundial.


Zagueiro: Pepe

Pepe começou a Euro de forma algo irregular, mas foi crescendo com o decorrer da competição, assim como Portugal em geral. Fantástico contra Croácia, Polônia e Gales, e exuberante na final contra a França, o luso-brasileiro enfim vem tendo o seu talento reconhecido.

Zagueiro: Leonardo Bonucci

Dos três zagueiros da seleção italiana e da Juventus, o menos badalado, mas ao mesmo tempo, o melhor. Se ao lado de Barzagli e Chielinni ele é capaz de formar a melhor zaga do mundo, muito é por causa da sua capacidade técnica. Bonucci, além da imposição, tem uma capacidade tremenda na hora de sair para o jogo, e isto ficou claro nesta Euro.

Lateral-esquerdo: Raphael Guerreiro

Um jovem que jogou como veterano. Seguro, era a peça chave na saída de bola portuguesa, levava sempre perigo em suas descidas, e ainda cobrava em vários momentos as bolas paradas. A diferença do coletivo de Portugal entre quando tinha Guerreiro ou Eliseu na lateral-esquerda, era gritante. Talvez, se Guerreiro não tivesse tomado a posição, Portugal não tivesse terminado com a taça.

Meia: Toni Kroos

Toni Kroos distribuiu 653 passes nesta Euro, e acertou 608. O craque invisível deu seguimento ao ótimo final de temporada do Real Madrid, e foi o maestro de uma Alemanha que dominou a posse e os adversário, e só caiu diante da França por conta de erros individuais.

Meia: Aaron Ramsey

Que Ramsey é um grande jogador, não há dúvidas. Sua forma física irregular e as lesões é que tem travado a sua carreira. Com Gales, na Euro, ele foi um líder no meio-campo. Marcou, assistiu, fez gol, fez a diferença. Curiosamente, quando o time foi eliminado por Portugal, ele não estava em campo.

Meia: Payet

Payet começou a Euro como o melhor jogador da competição, mas uma absurda queda física se refletiu em seu aspecto técnico. Porém, ainda merece um lugar aqui.

Meia: Gareth Bale

Por mais que a seleção seja da fase final da Euro, não dá para esquecer o que Bale fez pelo País de Gales desde as eliminatórias. Sua ascensão e a do selecionado gales se confundem, e a sua condição de embaixador do time, é inegável. Mesmo muito marcado, fez a diferença como pode, tentando encontrar uma bola parada ou um cruzamento, sendo arco, sendo flecha. Sempre chamou a responsabilidade, e nunca se omitiu, e foi na prática, o craque da Euro.

Atacante: Antonie Griezmann

Griezmann não levou a taça para casa, mas leva como consolo os prêmios de melhor jogador e de artilheiro do torneio, com 6 gols. Começou mal, chegou a ir para o banco, mas se recuperou, especialmente após a mudança no sistema tático operada por Didier Deschamps no meio da Euro, passando a jogar na zona mais central, e usar a sua elevada capacidade de finalização. Decisivo diante de Albânia, Irlanda e Alemanha, marcou também contra a Islândia, mas na decisão contra Portugal, foi ofuscado pelo brilho da defesa portuguesa.

Atacante: Cristiano Ronaldo

Cristiano Ronaldo é o embaixador do futebol português. E se a Euro foi de Portugal, a Euro foi de Ronaldo. O maior jogador europeu do Século XXI merecia esta coroação. Por mais que justiça fosse escalar Nani, pelo que os dois jogaram, não dá para deixar CR7 de fora.