O momento não era o melhor. A geração campeã mundial em 2003 e 2007 deu adeus, a artilheira Celia Sasic também. Mesmo a jovem Nadine Kesller, Bola de Ouro em 2014, se aposentou precocemente por problemas no joelho. A tragédia de Wolfsburg em 2011 parecia ainda não ter sido esquecida. A fase de transição, com uma renovação massiva da equipe, parecia estar sendo feita para dar resultados mais para frente.
Mas, muitas vezes, quando menos se espera, é que a sorte aparece. E a sorte apareceu para a Alemanha no Rio. Justamente o Rio, cidade onde a seleção masculina foi tetracampeã mundial em 2014, deu à glória que faltava as mulheres. O futebol alemão enfim é de ouro, e consagra o trabalho de quem atua com seriedade, e cresce a partir da base.
A Alemanha bateu nesta sexta-feira a Suécia por 2x1, na final do torneio olímpico feminino de futebol. Uma conquista inesperada no começo da competição. Perseguindo o ouro há muitos anos, a Alemanha jamais havia chegado sequer em um final, e o máximo que havia ganho era o bronze. Sim, as germânicas eram candidatas ao pódio, mas as favoritas eram as norte-americanas, campeãs mundiais, e as brasileiras, donas da casa. O time soube crescer para chegar na final, e não deu chances às suecas para subir no lugar mais alto do pódio.
Após um primeiro tempo com algumas chances desperdiçadas, a Alemanha abriu o placar no começo da segunda etapa, com um belo gol de Maroszán. A jogadora, destaque no Mundial Sub-20 de 2008, dominou a bola na entrada da área e bateu colocado, sem chances para a goleira Lindahl. Na sequência,a craque germânica cobrou falta na trave, e contou com um desvio contra da zagueira para ampliar. Blackstenius ainda chegou a descontar para as suecas, mas foi só. A goleira Almuth Schult, de resto, acabou mal sendo ameaçada.
Antes de ser campeã olímpica, a Alemanha já havia sido é bicampeã mundial e octacampeã europeia. Esta é a terceira vez que as germânicas derrotam a Suécia em uma final. As outras duas aconteceram na Eurocopa.
0 Comentários