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A formação do elenco vencedor se deu ainda em 1999, quando Thomas Schaaf, antigo ídolo do clube quando treinado por Otto Rehhagel, assumiu o cargo de técnico dos papagaios, com a missão de salvar o clube do rebaixamento na temporada. Ele não só cumpriu a missão, como ainda se sagrou campeão da Copa da Alemanha. A partir daí, ele teve as necessárias condições para montar uma equipe muito competitiva.
Schaaf vestiu apenas a camisa do Werder Bremen como jogador, e ainda treinou a equipe por 14 anos. Foi o grande responsável por montar uma base sólida, naquele que foi o último grande time do futebol alemão fora do eixo Bayern-Borussia Dortmund-Wolfsburg. Na histórica temporada 2003/04, a meta dos Werderaner era defendida pelo veterano Andreas Reinke. Na linha de defesa, o canadense Paul Stalteri era o titular da lateral-direita, embora também pudesse atuar pela esquerda. O turco Ümit Davala também chegou a jogar pela direita, enquanto Christian Schulz e Viktor Skripnik foram os outros jogadores a atuarem pela esquerda. No miolo de zaga, o francês Valérien Ismaël formava uma boa dupla com Mladen Krstajic.
No meio-campo, Frank Baumann era o responsável por dar segurança ao sistema defensivo, atuando na frente da zaga, Fabian Ernst e Tim Borowski começavam a armação, enquanto Johan Micoud era o principal responsável por municiar o ataque, que contava com o brasileiro Aílton e o croata Ivan Klasnic, No banco, jogadores como Pekka Lagerblom, Krisztian Lisztes, Angelos Charisteas e Nelson Valdez garantiam profundidade fundamental para um elenco que brigava em duas frentes.
Com atuações muito consistentes, o Werder não deu chances aos adversários na Bundesliga 2003/04, levantando a taça e encerrando um jejum de 11 anos sem conquistas. Faturou também nesta mesma temporada, a Copa da Alemanha, batendo o Alemannia Aachen na final disputada no Olímpico de Berlim por 3x2, com dois gols de Borowski e um de Klasnic. Blank e Meijer descontaram para o Aachen.
Nas temporadas seguintes, o Werder Bremen conseguiu se manter nas primeiras posições da Bundesliga, e virou um frequentador assíduo da Champions League. O brasileiro Diego acabou chegando na sequência, e junto com o compatriota Naldo e outros nomes de peso, como Mertesacker, Markus Rosenberg, Hugo Almeida, Torsten Frings e Claudio Pizarro, ajudou o clube a se manter competitivo, e conquistar a Copa da Alemanha em 2009, mesmo ano do vice campeonato da Copa da UEFA, quando o Werder acabou derrotado pelo Shakhtar Donetsk, em decisão dramática.
Aos poucos o Werder foi perdendo forças em um futebol alemão onde o predomínio do Bayern é absoluto, com o Borussia Dortmund aparecendo como clara e absoluta segunda força, deixando aos outros poucas possibilidades de taça. O pior, é que os papagaios foram se desprendendo mesmo do pelotão que luta por vaga nas competições européias, se aproximando perigosamente da ameaça de rebaixamento, algo que o torcedor espera que tão cedo não aconteça.
Time-base: Reinke; Stalteri, Krstajic, Ismael, Schulz (Skripnik); Baumann, Ernst, Borowski (Charisteas), Micoud; Klasnic (Valdez) e Aílton.