Jurgen Klopp e Mauricio Pochettino são dos melhores treinadores que o mundo do futebol viu surgir nos últimos anos. Hoje, o Liverpool do alemão e o Tottenham do argentino buscam o domínio dos adversários, mas de maneiras diferentes. Enquanto um time apela para as transições rápidas, o outro busca a troca de passes e a fluidez para ser incisivo.

Neste Sábado, as duas equipes se enfrentaram, em mais um duelo válido pela Premier League. O Liverpool não viveu um bom mês de janeiro, acumulando resultados negativos. Curiosamente, justamente no período em que Sadio Mané estava com a seleção de Senegal, na disputa da Copa Africana de Nações. O extrema é uma válvula de escape fundamental no 4-1-4-1 do Liverpool. Enquanto Firmino, Coutinho, os demais atacantes, são jogadores mais de ataque posicionado, o senegalês dá a capacidade necessária para a fluidez na transição em velocidade. O primeiro gol dos Reds contra os Spurs saiu assim: Wijnaldum foi bem na recuperação, proporcionando uma enfiada rápida, em profundidade, onde Mané ganhou na velocidade e não perdoou na frente do goleiro Lloris.
Logo na sequência, o próprio Mané aproveitou um lance de bate e rebate em sua área para ampliar. Novamente, o lance do bate e rebate saiu de um lance rápido com bom aproveitamento. Marcando a troca de passes do Tottenham com intensidade, mas não necessariamente intensamente, o Liverpool forçava erros, e poderia ter ampliado ainda no primeiro tempo, já que cada contra-ataque coordenado por Mané e Coutinho era um susto na defesa do time alvinegro de Londres.

O Tottenham ficou quase que completamente perdido em Anfield. Desorientado pela marcação que sofria, não conseguia encaixar seu jogo propositivo, de troca de passes, e ainda precisava produzir volume forçado. No segundo tempo, o Liverpool foi ao campo buscando se retrair um pouco mais no centro, já que tinha a vantagem. De maneira consequente, roubava a bola em zonas menos adiantadas, e produza menos perigo à meta defendida por Hugo Lloris. Com a bola, mas desgastado, o Tottenham não criava como gostaria, mas até poderia ter chegado ao empate, mais por conta da postura do Liverpool, do que por merecimento.

A vitória do Liverpool, limita muito as possibilidades de título do Tottenham. Enquanto os outros trocam pontos e tropeços, o Chelsea mantém uma regularidade espantosa, vai somando pontos, e se aproxima do seu sexto título inglês na história.