Atalanta, Nice, RB Leipzig, Hoffenheim e os clubes bascos. Estas foram as boas surpresas de uma temporada europeia 2016-2017 que contou com várias confirmações, e algumas decepções, como o Leicester e o West Ham na Premier League.
Atalanta: a boa surpresa do Calcio
Tradicionalmente moradora das posições intermediárias da tabela de classificação do Campeonato Italiano, a Atalanta surpreendeu na temporada 2016/17. Sob a liderança do capitão Alejandro Papu Gómez, La Dea conquistou uma vaga importante na Europa League, fazendo a sua melhor campanha na história da Serie A, obtendo a melhor posição, a maior pontuação e o seu maior número de vitórias. O time de Bergamo nem começou muito bem a temporada, vencendo apenas um jogo contra o Torino nos cinco primeiros duelos, mas depois disto deslanchou, praticando um dos melhores jogos da Itália.
Em suma, o grande destaque da Atalanta foi o sistema implementado pelo técnico Gian Piero Gasperini. Jogando sempre no 3-4-3/3-5-2, a equipe de Bergamo primava pela intensidade nos movimentos. O jogo ofensivo, de transições e marcação fortes, com pressão na saída de bola adversária, muitas vezes até individual, aliada ao trabalho de circulação da bola, muitas vezes até encantavam a quem assistia. Além do mais, o time apresentou vários jovens valores, como Andrea Conti, Mattia Caldara, Roberto Gagliardini, Franck Kessié e Andrea Petagna, além do habilidoso supracitado capitão Alejandro Gómez. “Papu” foi o grande líder da equipe, aliando a sua técnica e velocidade ao sistema bem implementado, e se tornando um dos melhores nomes de toda a temporada europeia.
Alemanha: RB Leipzig e Hoffenheim espantaram
Há quem esperasse uma boa campanha do RB Leipzig na Bundesliga. Mesmo estes ficaram espantados com o vice-campeonato do time que estreava na elite alemã, com apenas 7 anos de fundação. A ascensão meteórica pode muito sim ter o dinheiro da patrocinadora, mas conta com um projeto sólido, que já rende frutos. Muito bem estruturado em um 4-4-2 pelo técnico Ralph Hasenhüttl, o Leipzig procurava sempre marcar pressão, buscando o roubo em zonas adiantadas, para facilitar a transição ofensiva. Os Roten Bullen apresentaram ótimos valores, como o defensor Willi Orban, o ótimo interior Naby Keita, os extremos Marcel Sabitzer e Emil Forsberg, e o atacante Timo Werner.
Com apenas 29 anos, Julian Nagelsmann foi um dos melhores treinadores da temporada 2016/17. Seu Hoffenheim era bem estruturado, jogando em um 3-5-2 ofensivo e compacto, com Kevin Vogt, Fabian Schar e Niklas Sule formando um trio defensivo quase perfeito, Demirbay e Amiri controlando o meio campo, os alas Kaderabek e Toljan atacando espaços pelos lados, e a transição ofensiva, sendo liderada por Kramaric e Sandro Wagner, é capaz de castigar a defensiva até de um Bayern de Munique. A descida de um elemento do meio-campo para a linha de defesa na hora de saída de jogo se tornou uma jogada previsível, mas quase impossível de se marcar. Contrariando as expectativas, o time do jovem técnico terminou a Bundesliga na quarta colocação, e estará na etapa de playoffs da Champions League.
Em La Liga, tivemos várias boas surpresas. O Leganés, que conseguiu permanecer na elite após o acesso, foi a maior delas. Contudo, os times bascos, mais uma vez mostraram sua força. O Athletic Bilbao de Ernesto Valverde e o Eibar tiveram destaques, um pouco menos que a Real Sociedad de Eusebio Sacristán, e o Deportivo Alavés, de Mauricio Pellegrino.
Cria do Barcelona, Sacristán implantou na Real um jogo de posse e posição, orquestrado pela espinha dorsal, que começava no goleiro Rulli, passava pelo defensor Íñigo Martínez, pelos meias Xabi Prieto, Asier Illarramendi e David Zurutuza, e terminava no atacante Willian José.
Já o Alavés de Pellegrino apostou em uma proposta mais conservadora, mas não menos eficiente. Os grandes destaques do time foram o lateral-esquerdo Theo Hernandez, que também pode atuar como extremo, cobra bem faltas, pertence ao Atlético de Madrid e e apontado cono novo Gareth Bale, o meia Marcos Llorente, um colosso no meio-campo, e o atacante brasileiro Deyverson, pouco conhecido por aqui.
O Nice apontava um projeto promissor para a temporada 2016/17, e dentro da medida do possível, cumpriu. O técnico Lucien Favre deu sequência ao trabalho de seu predecessor, Claude Puel para alcançar uma vaga na próxima edição da UEFA Champions League. A defesa foi o melhor ataque do Nice durante toda a temporada, com a equipe se usando de suas linhas compactas e da posse defensiva para partir para um jogo de transição, onde os lançamentos do zagueiro brasileiro Dante eram uma arma perigosa.
Fica a expectativa para a próxima temporada. O Nice jogará, na pior das hipóteses, as mesmas competições de 2016/17, quando em determinado momento sentiu a baixa profundidade do elenco, e se viu enfraquecido na disputa pelo título da Ligue 1. Reforçar o elenco pode ser fundamental para lutar por taças.
Imagem: Atalanta
Com apenas 29 anos, Julian Nagelsmann foi um dos melhores treinadores da temporada 2016/17. Seu Hoffenheim era bem estruturado, jogando em um 3-5-2 ofensivo e compacto, com Kevin Vogt, Fabian Schar e Niklas Sule formando um trio defensivo quase perfeito, Demirbay e Amiri controlando o meio campo, os alas Kaderabek e Toljan atacando espaços pelos lados, e a transição ofensiva, sendo liderada por Kramaric e Sandro Wagner, é capaz de castigar a defensiva até de um Bayern de Munique. A descida de um elemento do meio-campo para a linha de defesa na hora de saída de jogo se tornou uma jogada previsível, mas quase impossível de se marcar. Contrariando as expectativas, o time do jovem técnico terminou a Bundesliga na quarta colocação, e estará na etapa de playoffs da Champions League.
Times bascos: bom futebol em La Liga
Em La Liga, tivemos várias boas surpresas. O Leganés, que conseguiu permanecer na elite após o acesso, foi a maior delas. Contudo, os times bascos, mais uma vez mostraram sua força. O Athletic Bilbao de Ernesto Valverde e o Eibar tiveram destaques, um pouco menos que a Real Sociedad de Eusebio Sacristán, e o Deportivo Alavés, de Mauricio Pellegrino.
Cria do Barcelona, Sacristán implantou na Real um jogo de posse e posição, orquestrado pela espinha dorsal, que começava no goleiro Rulli, passava pelo defensor Íñigo Martínez, pelos meias Xabi Prieto, Asier Illarramendi e David Zurutuza, e terminava no atacante Willian José.
Já o Alavés de Pellegrino apostou em uma proposta mais conservadora, mas não menos eficiente. Os grandes destaques do time foram o lateral-esquerdo Theo Hernandez, que também pode atuar como extremo, cobra bem faltas, pertence ao Atlético de Madrid e e apontado cono novo Gareth Bale, o meia Marcos Llorente, um colosso no meio-campo, e o atacante brasileiro Deyverson, pouco conhecido por aqui.
Ligue 1: Nice foi coadjuvante de luxo
O Nice apontava um projeto promissor para a temporada 2016/17, e dentro da medida do possível, cumpriu. O técnico Lucien Favre deu sequência ao trabalho de seu predecessor, Claude Puel para alcançar uma vaga na próxima edição da UEFA Champions League. A defesa foi o melhor ataque do Nice durante toda a temporada, com a equipe se usando de suas linhas compactas e da posse defensiva para partir para um jogo de transição, onde os lançamentos do zagueiro brasileiro Dante eram uma arma perigosa.
Fica a expectativa para a próxima temporada. O Nice jogará, na pior das hipóteses, as mesmas competições de 2016/17, quando em determinado momento sentiu a baixa profundidade do elenco, e se viu enfraquecido na disputa pelo título da Ligue 1. Reforçar o elenco pode ser fundamental para lutar por taças.
Imagem: Atalanta