Grandes Times: o Porto de 2010-2011


A temporada 2010-2011 foi histórica para o Porto. O time, comandado pelo técnico André Villas Boas repetiu o feito conquistado do elenco liderado por José Mourinho em 2003, conquistando a chamada tríplice coroa "genérica", ao conquistar o Campeonato Português, a Taça de Portugal e a Liga Europa. Em 2003, Villas Boas era assistente de Mourinho, e mostrou ter aprendido bem com seu mestre.

O Porto se sagrou campeão do Campeonato Português 2010-2011 com cinco rodadas de antecedência, invicto, sem perder uma única partida durante toda a competição. Na sequência, conquistou a Liga Europa 2010-2011 com uma campanha igualmente espetacular. Eliminou o Spartak Moscou e o Villarreal, nas quartas e semifinais, respectivamente, e derrotou o Braga por 1 a 0 na grande decisão, disputada em Dublin, na República da Irlanda, no dia 18 de maio de 2011, com um gol do atacante colombiano Falcao Garcia, aos 44 minutos de jogo.

De certa forma, nem Porto, nem Braga, produziram muito durante todo o primeiro tempo daquela final. Isto, até Guarín cruzar pela direita e Falcao García se antecipar à zaga, cabeceando sem chances de defesa para o goleiro do Braga, Artur. O segundo tempo também não teve muitas emoções, e deixou bem claro quem seria o campeão a todo momento.

Alguns dias após a final da Liga Europa, a Tríplice coroa foi consumada com a conquista da Taça de Portugal. Ela veio com uma goleada de 6 a 2 sobre o Vitória de Guimarães, na final da competição disputada no Estádio Jamor em Lisboa. James Rodríguez marcou um hat-trick naquela partida.


O timaço


Aquele time do Porto, era realmente um timaço, brilhantemente armado pelo então muito jovem técnico André Villas-boas. No gol, o brasileiro Helton foi a segurança durante anos. O romeno Sapunaru era o lateral-direito, o português Rolando e o argentino Otamendi formavam a zaga, enquanto o uruguaio Álvaro Pereira era o lateral-esquerdo. 

O meio-campo era formado pelo brasileiro Fernando, o colombiano Guarín e o português João Moutinho. No ataque, Hulk e Varela eram os pontas, enquanto Falcao García era o centroavante. Ainda haviam peças de grande qualidade no banco, como o argentino Belluschi, e o colombiano James Rodríguez, que recém havia chegado do Banfield, e começava a sua carreira na Europa.

Aos pouco, o Porto foi se desfazendo desta equipe. Falcao saiu ao final da temporada, vendido para o Atlético de Madrid, enquanto o técnico André Villas-boas tomou o rumo do Chelsea. Sem eles, o time já não teve a mesma força na temporada seguinte. Nas temporadas seguintes, Otamendi, Hulk, James, João Moutinho e Guarín também rumaram para outras ligas, deixando milhões nos cofres portistas. Contudo, nunca mais, o Dragão chegou a montar uma equipe tão forte, ou conquistar uma taça internacional.