As duas equipes mostravam propostas bem diferentes. A Dinamarca tinha a posse, e atacava muito pela direita, tentando ativar a lateral Theresa Nielsen. Já a Áustria se defendia com as linhas bem baixas, com três zagueiras e alas alinhadas, duas mulheres de frente voltando para fechar mais outra linha de quatro no meio, e em suma buscava a transição, conseguindo reter a bola e gerar algumas boas jogadas quando retinha a posse. Em uma destas boas jogadas na frente, o time austríaco conseguiu um pênalti, desperdiçado por Sarah Puntigam, que chutou por cima da meta.
Mesmo depois da penalidade perdida, a primeira etapa seguiu igual, com a Áustria mais aguda, enquanto a Dinamarca tendo a posse, mas dificuldades para criar chances perigosas. Numa das poucas excessões, acertou o travessão com um chute de fora da área de Troelsgaard. O segundo tempo iniciou diferente, com a Dinamarca mais incisiva, buscando jogar mais com a capitã Pernille Harder no centro do ataque, e criando mais. A Áustria, aos poucos, também passou a adiantar um pouco mais as suas linhas de pressão, marcando com as atacantes mais altas, buscando o roubo em alguma zona mais adiantada, já que não tinha tantos espaços para atacar pela esquerda, já que Nielsen ficou mais presa na lateral-direita dinamarquesa.
Com mais espaço para atacar, a Dinamarca criou algumas ocasiões finalizando dentro da área e fora dela, especialmente coordenada pelo trabalho de Harder, que finalizava e servia com muita intensidade. Contudo, a ansiedade e as defesas da goleira austríaca mantiveram o jogo sem gols no tempo normal e na prorrogação. Nas penalidades, contudo, as dinamarquesas mantiveram o melhor nível, acertaram mais cobranças, e confirmaram a sua vaga para a grande decisão, a primeira na história do futebol feminino dinamarquês.
Imagem: UEFA