Desde que subiu para a Bundesliga, há dez anos, o Hoffenheim vinha buscando se estabilizar na elite do futebol alemão, mas, mais brigava na parte inferior da tabela do que na parte de cima. Entretanto, desde que o jovem Julian Nagelsmann assumiu o comando técnico do Hoffe, em 2016, as coisas vem mudando. O treinador, que recentemente completou 30 anos de idade, conduziu o clube aos playoffs da UEFA Champions League 2017/18, após terminar a Bundesliga passada dentro do G-4.
O Hoffenheim de Nagelsmann se estrutura em um 5-3-2, que vira 3-5-2 em fase ofensiva. Os alas Toljan,por vezes substituído por Kadeřábek, e Zuber, em fase ofensiva, avançam para garantir amplitude pelos lados, enquanto sem a bola, baixam para alinhar com os três zagueiros. Quando algum jogador adversário trabalha entre as linhas, eles são quem vai à caça, enquanto alguém do meio os cobre na lateral, e um zagueiro protege atrás. Assim, há sempre um jogador na caça e dois na sobra em cada setor. Se um lateral rival avança pela beirada, um dos meias o pressiona, impedindo que os zagueiros fiquem no mano a mano com um extremo veloz. Muitas vezes, um mediocentro também volta para a área, formando uma linha defensiva em um 6-2-2/6-3-1, que garante enorme solidez defensiva, sem perder capacidade na transição.
O centroavante Sandro Wagner, um dos nomes mais conhecidos do elenco, é o responsável por usar o seu físico para colocar a equipe no campo de ataque, sendo muito útil nas transições. Ele faz bem o pivô, aproveitando a agilidade de Kramaric, e o chute de fora da área de Demirbay. O zagueiro Niklas Sule também arrematava bem de fora da área, mas foi vendido ao Bayern de Munique, assim como o mediocentro Rudy, que deverá ser substituído por Polanski. Contratado recentemente, o norueguês Havard Nordtveit, ex-West Ham e Borussia Mönchengladbach, pode substituir os dois atletas negociados, mas é no lugar de Sule, na zaga, que ele deverá atuar.
Enquanto Oliver Baumann segue no gol, Nordtveit, muito provavelmente, disputará posição com Bicakcic, e um dos dois formará a zaga com Hübner e Kevin Vogt, principal responsável pelo começo das jogadas, seja com a bola curta, seja com a bola longa. Mais na frente, o alemão com ascendência afegã Amiri segue sendo uma ótima opção para o setor direito, enquanto Serge Gnabry vem emprestado pelo Bayern de Munique , sendo outra alternativa para o setor central. Outros jogadores contratados recentemente, foram o ótimo mediocentro Florian Grillitsch, o jovem lateral-esquerdo Nico Schulz, e o mediapunta austríaco Robert Zulj.
Assim, podemos projetar um Hoffenheim 2017/18, com Baumann no gol, Nordtveit, Vogt e Hübner na zaga, Grillitsch, Toljan ou Kaderabek, Demirbay, Gnabry e Zuber no meio, e Kramaric e Sandro Wagner no ataque. Com a continuidade no trabalho, o Hoffe merecia ao menos terminar no G-4 da Bundesliga, algo que lhe daria um lugar direto na fase de grupos da Champions League 2018/19, desta vez. E mesmo sonhar com o título, não parece na da impossível, para uma das equipes mais bem montadas do futebol mundial.
Imagem: Bundesliga