O Napoli de Sarri, enfim jogará a fase de grupos da UEFA Champions League. A maneira como esta equipe foi contra a cultura do Calcio e obteve resultados, embora ainda não títulos, é impressionante. O sorteio colocou os partenoppeis no grupo F, ao lado de Manchester City, Shakhtar Donetsk e Feyenoord. Uma chave, onde em teoria vai brigar com o City pela liderança.
Este Napoli de Sarri se caracteriza por atuar no 4-3-3, em um modelo compactado em todas as fases do jogo, gerando sempre a posse de bola e a proposição de jogo, além da marcação pressionada na frente e o jogo pelos lados, com laterais atacando espaços interiores. Estas eram características de equipes de ligas como a espanhola, mas vem agregando muito aos partenoppeis, que nesta janela, pouco contrataram e nada perderam, mantendo uma estrutura que foi montada por Sarri em 2016, após a saída de Higuaín e a lesão de Millk.
Sem um "9" de referência no elenco, Sarri posicionou o baixinho Mertens transitando entre a zona central e de ataque, pelo miolo do campo. Até então só mais um extremo, o Belga passou a usar a sua capacidade de drible para ganhar vantagens sobre os zagueiros e a sua velocidade e movimentação para abrir espaços, que são atacados pelos laterais, e especialmente pelos extremos, Insigne e Callejon.
Mais atrás, Hamsik e Alan foram posicionados como interiores no 4-3-3, ma frente de Jorginho. Os três aprenderam a usar o seu passe e leitura de jogo para ativar a velocidade dos atacantes, auxiliando também na pressão, tornando o Napoli uma das equipes mais avassaladoras do continente.
Imagem: Napoli