Grêmio vence a Libertadores, e pode ser adversário do Real Madrid, campeão europeu, no Mundial de Clubes da FIFA, nos Emirados Árabes.
O Grêmio é o campeão da Copa Libertadores da América 2017. O tricolor Gaúcho largou a temporada como favorito, e acabou conquistando a taça, demonstrando uma maturidade absurda. Durante os últimos dois anos, nenhum outro clube brasileiro jogou tão bem futebol quanto o Grêmio, que é um vencedor merecido.
A taça foi confirmada após duas vitórias sobre o Lanús na final. Na ida, em Porto Alegre, o Lanús foi superior, mas saiu de campo derrotado. Fez um bom primeiro tempo, buscando mais uma vez sempre sair sempre com bola no chão. A intenção era tirar ritmo do jogo, atrair o Grêmio, e assim ganhar profundidade e espaços para atacar, em velocidade no terço final, apresentando ideias e organização. Dentro da medida do possível, o Grêmio conseguiu conter a ofensiva argentina, mas com a bola, ficou trancado. O Lanús quase nada concedeu entre as linhas para Luan trabalhar.
Na segunda etapa, o Grêmio voltou pressionando melhor a bola, e conseguindo conter a saída do Lanús, empurrando o time argentino para o seu campo. Mesmo assim, o jogo gremista não fluía pelo chão. Vendo isto, o técnico Renato Portaluppi colocou Jael e Cícero em campo, buscando as jogadas pelo no alto. e foi por aí, após um cruzamento do lateral direito Edílson, que Cícero balançou as redes defendidas pelo goleiro Andrada, dando uma importante vantagem ao tricolor para a partida de volta.
Neste jogo da volta, no primeiro tempo, o Grêmio controlou, neutralizou e acelerou, quando quis e como quis, tendo em Arthur o escape e o controlador do jogo. Mordeu em cima, cortou as linhas de passe dos centrocampistas argentinos, não deixando os Granate respirarem. O Lanús não conseguiu demonstrar seu bom futebol, mais por méritos do Grêmio, do que deméritos seus.
Na frente, Luan não parou de se oferecer como opção de passe entre as linhas, atacando espaços concedidos pelo Lanús, que tinha dificuldades para permanecer em campo adversário. O dinamismo do meia central fez bem à Fernandinho, que buscou atacar espaços nas costas do lateral-direito do Lanús, Gómez pela esquerda. E assim saiu o primeiro gol do Grêmio. Após uma cobrança de bola parada, o Lanús pegou o rebote, e voltou para jogar mais atrás, recomeçando a jogada. Nisto, Fernandinho roubou, pegou a bola, e atacou pelo corredor, até ficar na frente de Andrada, e finalizar com precisão, sem chances de defesa para o arqueiro argentino.
Com a vantagem no placar, o Grêmio massacrou o Lanús. Arthur recuperou bolas no meio, bateu pressão, e iniciou ataques, como um gigante. Com grande capacidade de desarmes, ele é ágil no giro e gera opções de passe, facilitando a equipe a se colocar em campo rival. E foi em uma jogada onde Arthur superou a pressão alta do Lanús, que a bola chegou para Luan, no campo de ataque. O gremista arrancou curto, foi costurando a defesa do Lanús, e finalizou de vaselina, mais uma vez sem chances de defesa para Andrada. Um gol para consolidar um ótimo primeiro tempo do Grêmio, e dobrar a vantagem.
No segundo tempo, o Lanús foi para cima, e o Grêmio, resolveu esperar um pouco mais. Se compactou em duas linhas de quatro, com encaixes individuais, e encaixotou o Lanús. A resistência Granate só se dava com o jogo de costas do centroavante Sand. Para tristeza do Grêmio, Arthur acabou se lesionando antes do intervalo, e deixou o campo depois. Sem ele, Marcone passou a controlar a posse de bola do Lanús, que descontou, com Sand, cobrando penalidade máxima sofrida por Acosta, derrubado na área após ser ativado pelo próprio Sand.
Estre gol de Sand animou a "hinchada" do Lanús, mas o time não pode "remontar", como fez contra San Lorenzo e River Plate. A resistência do Grêmio, que negou espaços, fez Marcelo Grohe sofrer pouco. A atuação sólida deu o tricampeonato da América ao Grêmio, e a vaga em um Mundial de Clubes onde também está o Real Madrid.
O caminho até a final, após a fase de grupos: