Nos anos de 1980, começo dos anos de 1990, anteriores à Lei Bosman, que é de 1995, os grandes times europeus mantinham basicamente elencos formados por atletas locais, e mais dois ou três estrangeiros. O surgimento da União Européia, e a Lei Bosman acabaram com esta barreira, e qualquer atleta, tendo o passaporte da Comunidade Européia, está liberado para atuar em qualquer clube.
No campeonato italiano das décadas de 80 e 90, os clubes pescavam em diferentes partes do mundo atrás de talentos. O Napoli foi à América do Sul, assim como a Roma, a Juventus atacou em vários países europeus, enquanto o Milan foi atrás dos holandeses, e a Inter dos alemães. Eles somam dois ou três jogadores destas regiões, à grandes jogadores italianos, e a partir daí elaboravam bases para concorrer às taças.
O time da Internazionale que foi campeão italiano na temporada 88/89 já tinha a dupla Mathaus e Brehme. Klinsmann chegou um pouco mais tarde, se somando ao artilheiro italiano Serena, em uma equipe que contava com fortes defensores, como Berti, Bergomi e Ferri. Já o Milan de Sacchi, reunia o trio holandês formado por Rijkaard, Gullit e Van Basten. Os dois últimos eram atacantes, e o primeiro interior da segunda linha de quatro homens, a do meio. Jogava ao lado de Carlo Ancelotti.
Se este grande Milan quebrou um jejum de títulos em 1988, e dominou a Europa, o time da Inter foi o último a ser campeão italiano, antes de um jejum que só acabou em campo com o grande time da metade da década de 2000, formado após o Calciocaos, e a queda da Juventus.
Tempos que marcaram o começo da internacionalização do Calcio, e sempre serão lembrados.