Uma das expressões que mais ganharam relevância no futebol mundial, recentemente, é o "Jogo de posição". Algo fácil de admirar, mas difícil de explicar. A idéia base do conceito de jogo de posição, também conhecido como jogo de localização, diz respeito à um sistema que delimita espaços para cada jogador, onde jogadas e ações de cada elemento da equipe podem ser reconhecidas. Assim, a troca de passes flui melhor, com os jogadores de uma equipe rodando a bola entre si em espaços curtos, bem próximos, tendo sempre ao menos um jogador livre, mais longe, como opção para gerar linhas de passe. A saída de jogo também é mais "limpa", com uma coordenação a partir dela, e a construção de jogadas a partir da base e dos defensores.
Os estilos de jogo de Barcelona e Ajax, por exemplo, consagrados na história, partem da idéia do conceito de jogo de posição. Outras equipes, por todo o planeta, também aplicaram, replicaram e adaptaram conceitos do JdP, que como todos os conceitos do futebol, e o próprio esporte em si, vai evoluindo com o passar do anos. Na prática, no ataque com Jogo de Posição, os jogadores se movimentam em função do espaço, enquanto no ataque "tradicional", móvel, a movimentação dos jogadores se dá mais em função da bola. Também é possível, fazer um ataque com características entre o jogo posicional e móvel.
Para o jogo de posição fluir plenamente, é necessário que os jogadores saibam onde estarão seus companheiros, que os laterais e/ou os extremos estejam dando amplitude como opções de passe pelos lados do campo, e ao menos um jogador sempre esteja livre, para gerar linhas de passe. Também é necessário que todos os atletas tenham a condição de conduzir e passar a bola, sejam passes longos ou curtos, mas é fundamental que os mesmos saibam o momento de produzir cada ação.
A intenção é sempre gerar superioridade na zona da bola, evitando que o marcador que venha a gerar pressão tenha facilidade e encontre seus adversários desapoiados. Já a partir deste jogo se produzem as conhecidas triangulações, que ao lado da condução de bola são as maiores armas para se superar as linha de marcação. Como a equipe precisa atacar junta (algo fundamental no jogo de posição), também estará junta quando perder a bola, facilitando a pressão pós perda, a transição defensiva e a retomada da bola.
A posse de bola, quando objetivo, é uma filosofia de jogo por si só, e surge como consequência de um trabalho de equipe, e jamais será de fato improdutiva. Sim, no futebol não há fórmulas exatas. Por mais que a posse não seja improdutiva, ela pode não ser de fato contundente, seja por méritos de quem defende, ou por deméritos da equipe que pratica o jogo de posição.
O jogo de posição tem várias versões sobre sua origem, mas ele se deu, muito provavelmente na Holanda, e começou a ser estudado e evoluir nos Países Baixos e na Espanha, a partir do final dos anos 1980. Ele foi levado ao mundo por mestres como Guus Hidink, Louis van Gaal e, especialmente, Johan Cruyff. Carregando o jogo de posse como herança desde os tempos da Laranja mecânica, Cruyff elaborou um jogo de posição possessivo, que seria futuramente evoluído por Pep Guardiola, jogador de Cruyff no Barça. Pep, além do futpressing característico do futebol holandês, aliou elementos de outros mestres ao Jogo de posição, contando com ferramentas de nomes como Arrigo Sacchi, Marcelo Bielsa e Ricardo la Volpe.
Guardiola utilizou o jogo de posição possessivo no Barcelona, e tornou a equipe quase imbatível por um tempo. Assim, o jogo de posição do Barcelona, herança de anos e filosofia da instituição, virou sinônimo do jogo de posição em si. Contudo, é possível um time ter um jogo possessivo, mas não de posição, como o Arsenal de Wenger, ou o Brasil de 1982. Também é possível um time praticar o jogo de posição sem trocar muitos passes em campo rival, sendo mais objetivo. O jogo de posição também pode ser interior, como geralmente o é na Espanha e na Holanda, ou ter elementos exteriores.
Além do Barcelona de Guardiola e do Ajax de Petr Bosz, clubes que tem o jogo de posição em seu DNA, outros clubes também praticaram o jogo de posição nos últimos anos. Além de Bayern de Munique e Manchester City em suas versões com Guardiola, o Borussia Dortmund de Klopp, Tuchel e Bosz, o Liverpool de Klopp, o Rayo Vallecano de Paco Jemez, o Betis de Quique Setien, o Hoffenheim de Julian Nagelsmann, e mesmo o Real Madrid e a Internazionale de José Mourinho, que trabalhou com van Gaal no Barcelona. Esses, são exemplos de equipes que usaram o jogo de posição de maneira mais objetiva e direta.
Outro exemplo de treinador que usa o jogo de posição de maneira mais direta época Antonio Conte. Sua saída limpa no sistema com três zagueiros, com a bola saindo dos defensores, passando pelos alas, e chegando nos mediapuntas e atacantes, ajudou nos últimos anos o Chelsea e a seleção italiana a se colocarem no campo adversário, mesmo que o time não trocasse muitos passes por lá. Na Europa 2016, a Itália de Conte jogou um jogo de posição, e dominou e eliminou a Espanha de Del Bosque, que naquela ocasião jogava um jogo de possessão, mas já havia abandonado o jogo de localização. Na Copa do Mundo de 2010, a seleção espanhola jogou um futebol possessivo, mesmo sem o jogo de posição que à levou ao título das Euros de 2008 e 2012. Outras seleções que praticaram o jogo de posição com sucesso recentemente foram as do México, Alemanha, Chile e Peru.
Características principais do jogo de posição:
- A ideia do jogo de jogo de posição, também conhecido como jogo de localização, traz um sistema que delimita espaços para cada jogador, onde jogadas e ações de cada elemento da equipe podem ser reconhecidas.
- É fundamental dar amplitude para que apareçam espaços interiores (seja com Extremos ou com Laterais).
- A saída de bola é um momento bastante importante, pois através dela os jogadores são separados em diferentes alturas do campo. É importante formar triângulos, para melhor progredir.
- Os atletas devem ter leitura do jogo e poder de decisão. É necessário saber quando conduzir, para atrair a marcação e tocar, na linha de passe formada nas costas do rival. A idéia é criar superioridade atrás da linha de pressão do rival, e a partir dela progredir em campo.
- A equipe ataca e defende em bloco, seja em posicional, ou nas transições.
- É fundamental o conceito do terceiro homem. Quando um jogador tem a bola, ele busca ativar companheiros marcados através de um outro desmarcado, ou seja o terceiro homem, o homem livre.
- Assim, dominar o conceito de ‘Homem Livre’’ é fundamental para a construção do jogo. Este atleta pode variar dependendo da situação de jogo, ou do local onde a bola está em campo. Os triângulos facilitam a criação e participação deste ‘’Terceiro Homem’’.
- É necessário que os jogadores mais afastados da bola e da ação guardem a sua zona, para atrair defensores e/ou gerar opções de passe. Não é importante a posição, a função, e sim a localização.
O jogo de posição tem várias versões sobre sua origem, mas ele se deu, muito provavelmente na Holanda, e começou a ser estudado e evoluir nos Países Baixos e na Espanha, a partir do final dos anos 1980. Ele foi levado ao mundo por mestres como Guus Hidink, Louis van Gaal e, especialmente, Johan Cruyff. Carregando o jogo de posse como herança desde os tempos da Laranja mecânica, Cruyff elaborou um jogo de posição possessivo, que seria futuramente evoluído por Pep Guardiola, jogador de Cruyff no Barça. Pep, além do futpressing característico do futebol holandês, aliou elementos de outros mestres ao Jogo de posição, contando com ferramentas de nomes como Arrigo Sacchi, Marcelo Bielsa e Ricardo la Volpe.
Guardiola utilizou o jogo de posição possessivo no Barcelona, e tornou a equipe quase imbatível por um tempo. Assim, o jogo de posição do Barcelona, herança de anos e filosofia da instituição, virou sinônimo do jogo de posição em si. Contudo, é possível um time ter um jogo possessivo, mas não de posição, como o Arsenal de Wenger, ou o Brasil de 1982. Também é possível um time praticar o jogo de posição sem trocar muitos passes em campo rival, sendo mais objetivo. O jogo de posição também pode ser interior, como geralmente o é na Espanha e na Holanda, ou ter elementos exteriores.
Além do Barcelona de Guardiola e do Ajax de Petr Bosz, clubes que tem o jogo de posição em seu DNA, outros clubes também praticaram o jogo de posição nos últimos anos. Além de Bayern de Munique e Manchester City em suas versões com Guardiola, o Borussia Dortmund de Klopp, Tuchel e Bosz, o Liverpool de Klopp, o Rayo Vallecano de Paco Jemez, o Betis de Quique Setien, o Hoffenheim de Julian Nagelsmann, e mesmo o Real Madrid e a Internazionale de José Mourinho, que trabalhou com van Gaal no Barcelona. Esses, são exemplos de equipes que usaram o jogo de posição de maneira mais objetiva e direta.
Outro exemplo de treinador que usa o jogo de posição de maneira mais direta época Antonio Conte. Sua saída limpa no sistema com três zagueiros, com a bola saindo dos defensores, passando pelos alas, e chegando nos mediapuntas e atacantes, ajudou nos últimos anos o Chelsea e a seleção italiana a se colocarem no campo adversário, mesmo que o time não trocasse muitos passes por lá. Na Europa 2016, a Itália de Conte jogou um jogo de posição, e dominou e eliminou a Espanha de Del Bosque, que naquela ocasião jogava um jogo de possessão, mas já havia abandonado o jogo de localização. Na Copa do Mundo de 2010, a seleção espanhola jogou um futebol possessivo, mesmo sem o jogo de posição que à levou ao título das Euros de 2008 e 2012. Outras seleções que praticaram o jogo de posição com sucesso recentemente foram as do México, Alemanha, Chile e Peru.
Características principais do jogo de posição:
- A ideia do jogo de jogo de posição, também conhecido como jogo de localização, traz um sistema que delimita espaços para cada jogador, onde jogadas e ações de cada elemento da equipe podem ser reconhecidas.
- É fundamental dar amplitude para que apareçam espaços interiores (seja com Extremos ou com Laterais).
- A saída de bola é um momento bastante importante, pois através dela os jogadores são separados em diferentes alturas do campo. É importante formar triângulos, para melhor progredir.
- Os atletas devem ter leitura do jogo e poder de decisão. É necessário saber quando conduzir, para atrair a marcação e tocar, na linha de passe formada nas costas do rival. A idéia é criar superioridade atrás da linha de pressão do rival, e a partir dela progredir em campo.
- A equipe ataca e defende em bloco, seja em posicional, ou nas transições.
- É fundamental o conceito do terceiro homem. Quando um jogador tem a bola, ele busca ativar companheiros marcados através de um outro desmarcado, ou seja o terceiro homem, o homem livre.
- Assim, dominar o conceito de ‘Homem Livre’’ é fundamental para a construção do jogo. Este atleta pode variar dependendo da situação de jogo, ou do local onde a bola está em campo. Os triângulos facilitam a criação e participação deste ‘’Terceiro Homem’’.
- É necessário que os jogadores mais afastados da bola e da ação guardem a sua zona, para atrair defensores e/ou gerar opções de passe. Não é importante a posição, a função, e sim a localização.