O Lanús do técnico Jorge Almirón tentará conquistar a primeira Libertadores da história do clube granate. A equipe é da cidade de mesmo nome, mas se orgulha ao se intitular o maior clube de bairro do Mundo, algo que em muito tem a ver com a rivalidade da agremiação com o Banfield. O Lanús, dono de duas taças do Campeonato argentino, já conquistou um título Continental, a Copa Sul-americana de 2013, após vencer a Ponte Preta na grande decisão. O rival na final da Libertadores 2017, curiosamente, é outro brazuca: o Grêmio. O clube chegou à primeira final do torneio eliminando o grande River Plate de maneira heroica na semifinal, o que engrandece seu feito.
O Lanús joga o que muitos na Argentina chamam de jogo de posição sul-americano. Embora não fique caracterizado em um jogo de posição ortodoxo, há sim vários elementos. A saída de jogo "lavolpiana", é feita com a formação de um triângulo, ou um losango. Os dois zagueiros abrem, e o goleiro Andrada fica como um líbero, ajudando no jogo com os pés. O volante Marconi forma um losango, e por vezes também baixa entre os zagueiros. Assim a bola sempre sai limpa de trás. Os laterais, por vezes apoiam poe dentro, enquanto Silva, extremo pela direita dá amplitude, o outro extremo, Lautaro Acosta, faz movimentos em vários sentidos, e o veterano Sand é a referência. Assim o avanço ao gol inimigo se dá com triângulos, e fica facilitado.
Se ataca no 4-3-3, o Lanús defende no 4-1-4-1, e é claramente, um dos mais interessantes, entre tantos ótimos projetos do atual futebol argentino. Ao longo dos últimos meses, o clube sempre tem atuado em alto nível, e Almirón se coloca como mais um nome da ótima safra de técnicos Argentinos, podenum dia, quem sabe, brilhar na Europa.
Se o jogo de ida, terá mais de 55 mil torcedores na Arena do Grêmio, na volta, cerca de 40.000 torcedores do Lanús vão lotar o estádio "La Fortaleza", em busca de um sonho.
Imagem: Trivela
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