Grandes Times: o Boca Juniors de 2000-2003


Matéria cedida pelo portal Europedia FC

A série Grandes Times tem feito enorme sucesso, e são feitos diversos pedidos para fazermos matérias sobre times sul-americanos. A intenção, é em breve lançar um projeto paralelo sobre o tema em breve, mas vamos adiantando no momento, a história de um grande time do outro lado Oceano: o Boca Juniors do começo do século XXI. Liderado pelo gênio Juan Roman Riquelme, este timaço desafio até mesmo os galáticos do Real Madrid,e  jamais será esquecido pelo amante do bom futebol.

O Boca Juniors se sagrou campeão da Copa Libertadores duas vezes no final dos anos de 1970, mas viveu um momento de certo modo ruim entre os anos de 1980 e 1990, vendo o rival River Plate acumular taças. A reação não demorou, e em 1998, o clube começou a montagem de um time forte. O goleiro colombiano Córdoba, era um grande pegador de pênaltis, e passava enorme segurança, ao lado da dupla de zaga, formada pelo argentino Samuel, e o colombiano Bermudéz.

Nas laterais, Arruabarrena e Ibarra eram muito eficientes pelas laterais. No meio campo, Traverso era o homem mais recuado, com Basualdo e Battaglia mais na frente, mas atrás de Riquelme, que era o grande maestro, e o jogador capaz de fazer a diferença. No ataque, o veloz Guillermo Schelotto fazia companhia ao goleador Martín Palermo. Todos atuavam sob a batuta do mestre Carlos Bianchi, um dos maiores treinadores da história.

O Boca acabou fazendo um Clausura 1999/2000 apenas mediano, pois a Libertadores era a prioridade. Encerrou a sua participação como o sétimo colocado, e viu o River Plate conquistar a taça. Contudo, os xeneiezes se sagraram campeões do apertura 2000/2001, superando os "Gallinas". Enquanto isto, iam se tornando potência na América do Sul.

O Boca Juniors estreou na Libertadores de 2000 com uma derrota para o Blooming, da Bolívia, por 1 x 0. Na sequência, bateu a Universad Católica, em Buenos Aires, por 2 x 1,e empatou sem gols com o Peñarol, no Uruguai, no final do primeiro turno. No returno, o time goleou o Blooming por 6 x 1 em Buenos Aires, com cinco gols de Alfredo Moreno. Ainda bateu a Universidad Católica por 3 x 1 no Chile, e empatou com o Peñarol no Uruguai por 3 x 1. O Boca se classificou em primeiro, com 13 pontos, encerrando uma primeira fase quase perfeita, não fosse uma derrota na altitude.


Nas oitavas, o Boca Juniors eliminou o El Nacional, do Equador. Após um empate sem gols no Equador, os xeneiezes aplicaram um 5 x 3 nos equatorianos em La Bombonera, mostrando toda a mística do Estádio. Riquelme, Moreno, Schelotto, Arruabarrena e Bermúdez fizeram os gols do time argentino.

Nas quartas de final, o Boca teve dois duelos contra o River Plate. A ida aconteceu no Monumental, com os Millionarios triunfando por 2 x 1. Pablo Ángel e "el conejo" Saviola fizeram os tentos do River, enquanto Riquelme marcou o tento do Boca. No jogo da volta, em La Bombonera, o River não teve chances, e levou um belo 3 x 0, com Delgado, Riquelme e Palermo.

Nas semifinais, o Boca passou pelo grande América, do México. A vitória por 4 x 0 na Argentina parecia garantir as coisas, mas o 3 x 0 dos mexicanos em casa foi um grande susto. O rival xeneieze na final da Libertadores, acabou sendo o Palmeiras, de Felipão, Arce, Alex e companhia. Com um empate em 2 x 2 na Argentina, e em 0 x 0 em São Paulo, os xeneiezes conquistaram a América pela terceira vez nas grandes penalidades.

O título da Libertadores classificou o Boca Juniors para o Mundial de clubes, onde se sagrou campeão, batendo o grande Real Madrid dos Galáticos por 2 a 1. Roberto Carlos fez o tento merengue, com Palermo marcando duas vezes para o Boca, em atuação emblemática de Riquelme.

Em 2001, o Boca Juniors voltaria a conquistar a Libertadores, após bater o Cruz Azul na final. Perdeu o Mundial de Clubes para o Bayern, é verdade. Em 2003, voltou a pintar a América de azul e amarelo, já sem Riquelme, mas com Tevez no time. Posteriormente, em 2007, Riquelme voltou a Bombonera, para consagrar o Boca como hexacampeão da América. Infelizmente, este foi o último título xeneieze, já que em 2017, o clube completará um jejum de 10 anos sem conquistar a competição que dominou outrora.