Poucos times marcaram época no futebol sul-americano, como o grande Independiente dos anos 70, tetracampeão consecutivo da Copa Libertadores. Além do tetracampeonato da América, o Rojo ainda conquistou a Copa Intercontinental em 1973. Feitos que o levaram a ser conhecido como o "Rei de Copas", já que até os dias de hoje, é o maior vencedor da Libertadores.
“Um dos maiores times já formado fora do Continente europeu, o Independiente dos anos de 1970 foi temido em toda a Europa”.
Aos poucos, o Independiente foi perdendo força, especialmente no cenário internacional, já que o clube tem mais títulos fora, do que dentro da Argentina. Mesmo assim, ainda é o maior campeão da Copa Libertadores da América, com sete taças. No começo dos anos de 1970, o Independiente montou uma equipe muito forte, conquistando a competição continental, entre 1972 e 1975. A equipe começava pelo goleiro Miguel Ángel Santoro, o famoso Pepé Santoro, um dos remanescente dos dois primeiros títulos de Libertadores dos Diabos Rojos, conquistados em 1964 e 1965. Ele deixou Avellaneda em 1974, rumando para a Espanha, onde defendeu as cores do Hércules. Em seu lugar, Carlos Gay e José Pérez, defenderam a meta da agremiação.
Na lateral direita, Eduardo Com misso era o dono da posição. A outra lateral era ocupada pelo uruguaio Ricardo Chivo Pavoni, outro remanescente do time da década de 1960. A zaga, era formada por Francisco Pancho Sá e Lopez. dos tido passagens por Estudiantes e River Plate, antes de chegar ao Rojo.
O meio-campo, começava pelas presenças de Raimondo e Galván, com Alejandro Polaco Semenewicz, argentino de origem polonesa, ocupando o setor por vezes. Raimondo era o clássico volante argentino, e foi considerado um dos melhores atletas do seu tempo. Mais para frente, o talento estava com Ricardo Henrique Bochini, "El Boca". Grande ídolo de infância de Diego Armando Maradona, Bochini era canterano, e um Clássico camisa 10, dotado de grande técnica e muito habilidoso, também marcando muitos gols. No ataque, Agustín Balbuena, Eduardo Maglioni e Daniel Bertoni formavam um trio espetacular. O primeiro era agudo, o segundo artilheiro, enquanto o terceiro era técnico e veloz, tendo deixado o Independiente em 1977, para atuar na Europa, vestindo as camisas de Sevilla, Fiorentina e Napolitano. Neste meio tempo, ainda conquistou a Copa do Mundo de 1978 com a seleção argentina.
Pedro Dellacha (1970-1972 / 1975), Humberto Maschio (1973), e Roberto Ferreiro (1973-1974) foram os treinadores do Independiente em seu período vencedor. Ao todo, nos anos 70, o Independiente conquistou as edições da Libertadores de 1972, 1973, 1974 e 1975, vencendo nas finais, respectivamente, Universitário, Colo-Colo, São Paulo e Unión Española. Em 1973, o Rojo ainda venceu a Copa Intercontinental, hoje chamada de Mundial de Clubes de la FIFA, ao bater a Juventus na disputa. Anteriormente, já havia participado da disputa nos anos de 1960, perdendo em ambos os casos, para a Internazionale. Ainda acabou derrotado por Ajax e Atlético de Madrid em 1972 e 1974, e em 1975, teve a edição contra o Bayern de Munique cancelada. Já nos anos de 1980, em 1984, o Independiente voltaria a conquistar a Copa Libertadores, vencendo o Grêmio na final, e também a Copa Intercontinental, batendo o Liverpool em Tóquio.
Time Base: Santoro; Comisso, López, Sá, Pavoni; Raimondo, Galván (Semenewicz), Bochini; Balbuena, Maglioni, Bertoni. Técs.: Pedro Dellacha (1972 e 1975), Humberto Maschio (1973), Roberto Ferreiro (1974)
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