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Após o começo de temporada cheio de dúvidas, com a perda de Neymar para o Paris Saint-Gernain, e do título da Supercopa da Espanha para o Real Madrid, o Barcelona terminou o ano de 2017 vencendo o Real Madrid no El Clásico por 0 a 3, em pleno Santiago Bernabéu, e tem uma vantagem de dez pontos de diferença para os merengues na ponta da classificação de La Liga 2017/18. A vantagem sobre o outro gigante Madrilenho, o vice-líder Atlético de Madrid, também é grande. Assim, o Barcelona se coloca como o maior candidato ao título da Liga das Estrelas, colhendo frutos de um trabalho que em seu primeiro semestre, é ótimo.

Este Barcelona treinado por Ernesto Valverde, tem uma preocupação tremenda com o balanço defensivo, na relação com seus antecessores, o que torna a equipe pouco vulnerável aos contragolpes. Além do mais as adaptações à cada jogo e adversário, com suas circunstâncias, facilitam este processo. De certo modo, a própria presença de Paulinho, agrega em físico, e tornam a equipe mais equilibrada, já que o Brasileiro é capaz de estar na fase defensiva, e chegar na fase ofensiva, como poucos no futebol mundial.

Tudo isso, somado à ótima forma de Pique, a efetivação de Umtiti, e o nível altíssimo de Ter Stegen tornaram o Barcelona muito sólido atrás. A equipe sabe variar de sistemas, podendo atuar num 4-4-2 em losango que se defende em linhas, ou num 4-3-3, por exemplo. A presença do curinga Paulinho é peça chave também neste aspecto. E a partir daí, o Barcelona tem somado muito a presença de Busquets e Rakitic mais na frente, para compensar a baixa capacidade de criação de Paulinho. Contudo, o sistema criativo do Barça passa muito pelos pés de Lionel Andres Messi, com um toque de bola até ele bastante cadenciado, e pouco criativo. O argentino vive o auge da carreira após os 30 anos, com uma maturidade absurda. Trabalhando entre as linhas como falso 9, falso extremo, ou meia central, Messi gera por si só um sistema ofensivo, sendo arco, sendo flecha, e criando ocasiões de gol para si, e para os companheiros compensando até mesmo o momento físico ruim de Luis Suárez.

Por mais que a vantagem do Barcelona na ponta de La Liga seja boa, a temporada só está no começo, e o título passa longe de estar assegurado. No primeiro semestre de 2018, o Barcelona terá o desafio de manter a ponta do Campeonato espanhol jogando paralelamente as fases finais da Liga dos Campeões e da Copa do Rei. Precisará cada vez mais da gestão de Valverde, e da força de um elenco, que quando chamado, tem dado resposta.