Hendrik Johannes Cruyff, popularmente conhecido como Johan Cruyff, nasceu no dia 25 de abril de 1947, em Amsterdã, na Holanda, para fazer história. Um atleta revolucionário, tático, ofensivo, coletivo, vistoso e genial, que ajudou a revolucionar o esporte que amava.
Cruyff estreou na equipe principal do Ajax na derrota por 3 a 1 para o GVAV, pela Eredivisie. Marcou o gol da sua equipe. Em 1965, começou a ser treinado por Rinus Michels no clube. O técnico, inciou a montagem da equipe que revolucionaria o futebol Mundial, e Cruyff se tornou o seu representante no gramado.
O mundo então se encantou com a inteligência e a habilidade de Cruyff. Um jogador com uma capacidade tão grande ou até maior do que a de Guardiola, Iniesta, Modric, Pirlo e Xavi para ler o jogo em campo, e um talento quase igual ao de Messi, Maradona e Pelé com a bola nos pés.
Como jogador, Cruyff conquistou 3 Ligas dos Campeões, 3 Campeonatos holandeses, 3 Copas da Holanda e um Mundial de clubes com o Ajax, além de ter sido vice-campeão da Copa do Mundo de 1974 com a Seleção holandesa. Ganhou três vezes a bola de ouro (1971, 1973 e 1974), e só não foi vice-campeão Mundial em 1978, porque não foi à Copa, em protesto contra a ditadura argentina.
Nos anos de 1970, Cruyff deixou o Ajax e foi para a Espanha, defender o Barcelona. Já havia perdido em casa a braçadeira de capitão, e precisava de novos ares. Na Catalunha, ajudou o clube a conquistar o Campeonato Espanhol depois de anos de jejum e de supremacia do Real Madrid, aliviando um sofrimento enorme do torcedor blaugrana.
No final da carreira, Cruyff defendeu o PSG em ação promocional, além de vestir as camisas de Los Ángeles Aztecs, Washington Diplomats, Levante e Feyenoord. Após se aposentar, treinou o Ajax entre 1985 e 1988, conquistando a Recopa europeia 1987-1988, com craques como De Boer, Dennis Bergkamp, e Sonny Silooy no time.
Voltaria à Barcelona, para entrar de vez para a história do clube catalão. Comandou os Culés na conquista da primeira Liga dos Campeões, na temporada 1991-1992. Ninguém foi tão grande quanto Johan Cruyff como jogador e treinador. Di Stéfano se aproximou, mas como técnico, foi menos vencedor.
Além do que fez pelo Barcelona dentro de campo e no banco, ainda se tornou um ídolo do povo Catalão. Monarquista, não era um homem de direita ou esquerda, mas detestava ditaduras. Na Espanha, enfrentou Franco, e se tornou símbolo da Liberdade da Catalunha, ganhando o apelido de "Salvador".
Em uma época onde era proibido dar nomes típicos do idioma catalão para as crianças, Cruyff viajou até a Holanda para batizar seu filho de Jordi. Anos depois, o herdeiro, apesar de não ter se tornado um grande craque, chegou a defender a seleção catalã, da qual Cruyff também foi treinador. Ao todo, Cruyff conquistou 14 títulos como jogador, e 22 como técnico.
Cruyff faleceu no dia 24 de março de 2016, em Barcelona, ao lado da família, por conta de um câncer no pulmão.