Dinamo de Kiev 1997-1999
Logo após a separação da União Soviética e a retomada do Campeonato Ucraniano, o Dínamo Kiev, dominou o certame, conquistando, exceção da primeira temporada em que a taça ficou com o Tavriya Simferopol, todas as edições até o final dos anos 2000. O país ficou pequeno, e a Europa, mas necessariamente a Uefa Champions League, passava a ser o grande objetivo, lá no final do Século passado.
O grande momento do Dínamo de Kiev na Liga dos Campeões foi na temporada 1997-1998. O time, sem maiores dificuldades, eliminou o Barry Town, de Gales, com um 6 a 0 no placar agregado na primeira fase preliminar, e logo depois, não teve problemas com o Dinamarquês Brondby, garantindo-se assim na fase de grupos. Os adversários seriam o Barcelona, o PSV Eindhoven, e o Newcastle. O Dínamo estreou vencendo por 3 a 1 os holandeses, e em seguida empatou em casa com os inglseses por 2 a 2. Mas a Europa e o mundo começariam a se espantar mesmo com este Dínamo de Kiev foi na vitória por 3 a 0 sobre o Barcelona no Olympiysky, em partida memorável da infernal dupla de ataque Shevchenko e Serguei Rebrov.
Não contente, o Dinamo de Kiev voltaria a humilhar o time catalão. Em pleno Camp Nou, a equipe Ucraniana enfiou um sonoro 4 a 0 no Barcelona de Figo, Rivaldo, Giovanni e Reiziger, contando com um Hat-Trick de Shevchenko, que começava a escrever seu nome como um dos maiores jogadores da história da Liga dos Campeões.
Os empates em 1 a 1 com o PSV em casa, e a vitória por 2 a 0 para o Newcastle United, no St. James Park, não impediram a equipe de avançar para as quartas de final. O adversário foi a Juventus de Zidane, Del Piero, Inzaghi, Deschamps e Peruzzi. No Delle Alpi, Andrei Husin fez o mundo pensar que o Dínamo faria mais uma zebra. Mas a Juve acabou empatando a partida com Inzaghi. O mesmo ‘Super Pippo’ faria os três gols na vitória Italiana por 4 a 1, que decretou a eliminação do Dínamo de Kiev daquela edição.
A derrota não abateu a equipe treinada por Valeri Lobanovsky, que voltaria mais forte ainda na temporada 1998/99. A base com Rebrov, Schevchenko, Luzhni, Vashchuck, Gusin, e Kosovsky, estava mantida, com a equipe perdendo apenas Yuri Maximov, que havia ido para o Werder Bremen. Novamente o adversário da estréia na Liga dos Campeões foi o Barry Town, que desta vez levou 10 a 1 no agregado. E novamente a equipe teve problemas na segunda fase, passando nos pênaltis pelo Sparta de Praga. Os adversários da fase de grupos, foram o Arsenal, de Seaman, Adams, Keown, Overmars, Anelka e Bergkamp, o Lens e o Panthinaikos. O time perdeu para os gregos por 2 a 1 em Atenas na estréia, e empatou em casa por 1 a 1 com o Lens, na segunda partida. Empate em 1 a 1 também foi o resultado do jogo contra o Arsenal, em Wembley. No returno, no entanto, Rebrov e Schevchenko comandaram as três vitórias seguidas, que deram a a vaga nas quartas de final ao Dínamo.
Novamente um gigante caiu no caminho do Dínamo nesta fase: o Real Madrid. E novamente um empate fora em 1 a 1 foi o resultado. Na Ucrânia, o Dínamo surpreendeu, e com dois gols de Schevchenko, fez 2 a 0, eliminando os merengues, que eram os atuais campeões. Na semi-final, outro gigante apareceu no caminho: o Bayern de Munique.
Em um dia frio, com temperaturas negativas, o Dínamo recebeu o Bayern no Estádio Olímpico de Kiev. Chegou a estar vencendo por 3 a 1, com dois gols de Schevchenko e um de Kosovsky. Mas aí, apareceria a tradicional frieza alemã, e o Bayern empataria o jogo em 3 a 3. Na Alemanha, a vitória Bávara por 1 a 0, gol de Basler, fez mais uma vez o Dinamo de Kiev cair em uma Liga dos Campeões. O Bayern chegaria a final, onde seria derrotado pelo Manchester United.
Logo depois, Schevchenko se transferiria para o Milan, e Rebrov para o Tottenham. A morte do técnico Valeri Lobanovsky em 2002, seria o ponto final deste Dínamo Kiev, que nunca mais voltaria a repetir este desempenho fantástico na UEFA Champions League.