O futebol é um esporte que nunca para de evoluir, muito por conta de sua popularidade. O jogo foi evoluindo com o passar dos anos, e o que se pede ao craque, hoje, é diferente do que se pedia alguns anos atrás. Em geral, os grandes jogadores, de qualquer época, atuam pelo centro do campo, trabalhando entrelinhas. Se distanciam da área para deixar a sua equipe mais próxima dela, e aparecem na frente para marcar diferenças. O mais engraçado, no entanto, é que de anos anteriores para cá, os jogadores mais habilidosos e velozes acabam sendo colocados na base pelas zonas de lado do campo, onde o jogo exterior pode ser fundamental para gerar vantagens. Mas o futebol atual, e suas tendências, assim como o de outros tempos, pede o craque no meio.
Antonie Griezmann é um destes casos. Assim como Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Paulo Dybala, o craque francês era até 2014 um jogador agudo, extremo na seleção francesa que veio ao Brasil, mas sob às ordens de Diego Simeone, no Atlético de Madrid, Antonie Griezmann foi se tornando um atacante centrocampista, um ponta-de-lança, aos poucos. Hoje Griezmann é um atacante que sai da área para fazer o Atlético jogar, com Ángel Correa pela extrema direita, e Saúl Ñíguez formando o duplo-pivote. Na visita ao Copenhague, em jogo válido pela etapa de ida da etapa de 16-avos da Liga Europa 2017/2018, o francês foi mais uma vez a peça chave para o Atlético controlar um rival com bola, dominar, achar espaços, e marcar. Griezmann é cada vez menos um jogador para marcar gols, e cada vez mais um jogador para marcar diferenças.
Simeone tem colocado Griezmann fazendo apoios ao meio, onde ele se encontra com Koke e Filipe Luís na base da jogada, e deixado os lados do campo para extremos atacantes, ou os laterais. Assim, podemos ver um Atlético cada vez mais forte em ataque posicional, e com ideias e mecanismos com bola. E estas ideias, passam muito por Griezmann.
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