Lendas da Champions League: Di Stéfano

Di Stéfano: uma lenda do Real Madrid



Sem dúvidas, Alfredo Di Stéfano foi um dos maiores jogadores da história da Liga dos Campeões, se não o maior. Nascido na Argentina, este filho de imigrantes italianos foi ídolo no Real Madrid, onde ficou conhecido como “La Saeta rubia ” (flecha loira), e foi fundamental pelo domínio dos merengues no futebol europeu na década de 1950.
Após começar a carreira no River Plate, (ele teve uma rápida passagem por empréstimo pelo Huracan), Di Stéfano alcançou um nível tão alto de jogo, ao ponto de ser disputado à tapas por Barcelona e Real Madrid. Tivesse ido para o Barça, talvez os Culés não tivessem sido campeões europeus pela primeira vez apenas em 1992. Mas ele optou pelo Real Madrid, onde conquistou cinco vezes a Copa dos Campeões Europeus, antiga versão da UEFA Champions League. Um caso que poucos sabem é que o Barcelona chegou a adquirir Di Stéfano, junto ao River Plate.
Após uma greve geral de jogadores na Argentina, ele foi atuar no Milionários de Bogotá. Na época a Liga Colombiana era uma Liga pirata, mas mesmo assim o Real Madrid negociou e contratou o passe do futuro maior jogador de sua História. Uma briga entre Real Madrid e Barcelona, no entanto, se estendeu até a justiça, para determinar quem era o real dono do passe de Di Stéfano. Com uma “mãozinha” do General Franco, os merengues levaram a melhor. Di Stéfano foi pentacampeão europeu em sequência com a camisa merengue, marcando gols em cinco finais consecutivas de Liga dos Campeões, algo que é improvável que alguém algum dia consiga de novo .
Além de tudo, ele fez um hat-trick na vitória por 7-3 do Real sobre o Eintracht Frankfurt, na final da Liga dos Campeões de 1960. Di Stéfano atuou no Real Madrid de 1953 à 1964. Marcou muitos gols em 371 jogos e foi oito vezes campeão espanhol com os Blancos. Encerraria a carreira como jogador no Espanyol, de Barcelona, anos depois. Uma curiosidade, é que Di Stéfano não teve muito destaque no futebol de seleções, mesmo tendo jogado por três delas: Argentina, Colômbia e Espanha.