A Europa começaria a partir dali, a conhecer Paris como uma grande capital do Futebol. Sim, pois até ali, apenas Olimpique de Marselha, St Etienne e Stade Reims eram os franceses com boas campanhas na Liga dos Campeões. A história começaria a mudar com esta participação do Paris Saint-Germain, logo na fase de grupos desta temporada 1994/95. Foram seis vitórias em seis jogos, contra os tradicionais Spartak Moscou, Dínamo de Kiev, e Bayern de Munique, com uma performance de 12 gols marcados e apenas três gols sofridos. O ponto alto da campanha foi nas quartas de final, quando o Paris Saint-Germain conseguiu um empate em 1 a 1 com o Barcelona, no Camp Nou, gol de Weah, e venceu na França por 2 a 1, com gols de Raí e Guérin.
Na semi-final, o time não seria páreo para o Milan, que derrotou os Parisienses em pleno Parc des Princes por 1 X 0, e no San Siro, por 2 X 0. Este time do PSG foi a cara dos bons esquadrões de antes da lei Bosman: três estrangeiros que realmente faziam a diferença, no caso os brazucas Rai e Ricardo e o grande centroavante liberiano George Weah, somados à uma boa geração de atletas locais, como Ginola, Guerin, Le Guen, Bravo, Cobos, Roche, Allou, M'Boma, Domi, Nouma, e Lama. Além desta semi-final e da Ligue 1, o time ainda conquistou a Recopa Européia no ano seguinte, batendo o Rapid Viena por 1 X 0, no retorno de uma final de competição da UEFA à Heysel, cidade onde aconteceu o já citado aqui desastre, na final da Copa Européia de 1985. Ainda seria vice-campeão desta mesma Recopa na temporada 1996/97, perdendo para o Barcelona de Ronaldo na final.
Nestas duas situações, o clube já não contava com Weah, que havia se transferido para o Milan, onde ganhou o prêmio da FIFA de melhor jogador do Mundo em 1995. A França só voltaria a ter seus momentos de glória na Liga dos Campeões em meados dos anos 2000, quando o Mônaco seria vice-campeão em 2004. Mas isto é assunto para outro capítulo.