Após um bom duelo tático na ida, que foi de certa forma vencido pelos comandados de Mauricio Pochettino, que conseguiram arrancar um empate em 2 a 2, depois de estarem perdendo por 2 a 0 sofrendo dois gols logo nos primeiros minutos do encontro, Juventus e Tottenham fizeram nesta quarta-feira a partida de volta da eliminatória. Parecia que os Spurs iam avançar após a primeira etapa, mas as trocas de Allegri no segundo tempo, e o talento do ataque HD, deram a vaga para uma Juventus, que foi inferior na integra da eliminatória, mas decisiva na hora certa.
Com relação ao jogo na Itália, Pochettino foi ao campo com um XI mais forte ofensivamente. O coreano Son foi o extremo esquerdo, e como vem demostrando durante toda a temporada, se mostrou capaz de fazer a diferença. Conseguiu aproveitar bem os espaços entre Douglas Costa e Barzagli, chamando várias vezes este para o 1x1. Finalizou muitas vezes, marcou o gol da sua equipe, e poderia ter feito mais. Pochettino mostrou mais uma vez sua capacidade de armar a equipe, e que a mesma hoje é competitiva contra qualquer rival.
Como dito, o Tottenham chegou a estar vencendo por 1 a 0, com um gol de Son, em um primeiro tempo onde criou muitas chances, e exigiu defesas de Buffon. A Juventus mudou bastante sua figura entre a temporada passada e esta, com as saídas do zagueiro Leonardo Bonucci e do lateral direito brasileiro Daniel Alves. Os bianconeri tem marcado com linhas bem mais altas, que foram durante toda a eliminatória superadas pelo Tottenham, que recuava Dier ou Davies e fazia uma saída lavolpiana, projetando Trippier no campo de ataque, tendo Dembelé como uma engrenagem na frente da área. Assim, os Spurs incomodaram a Juventus, tendo a bola e obrigando a mesma a defender-se posicionada atrás, cenário que já não agrada mais tanto a Vecchia Signora, como outrora.
Mas, após algumas mudanças de Allegri na segunda etapa, tudo mudou. Ele sacou Matuidi, que sofria para marcar Dele Alli, e Benatia, e colocou em campo Asamoah e Litchsteiner, ambos como laterais. Assim, saiu do 3-5-2 italiano para o 4-4-2, com os brasileiros Douglas Costa e Alex Sandro abertos no meio, Pjanic e Khedira no miolo, e Dybala nas costas de Dier e Dembelé. A virada começou quando Litchsteiner foi ao fundo, e cruzou para a área. Khedira desviou, e a bola sobrou para Higuaín, que empatou o jogo. Três minutos após, Higuaín lançou bem, para Dybala virar o confronto. A Juve assegurou o seu avanço se segurando nos minutos finais. Davinson Sánchez é um zagueiro jovem, muito físico. O colombiano foi duramente castigado por Gonzalo Higuaín, que soube o atrair para fora da área, e aparecer nas suas costas ou na sua frente, com movimentos que geraram os dois gols do time italiano. E se do lado dos Spurs um zagueiro falhou, na outra área o defensor Giorgio Chiellini até foi incomodado por Harry Kane, mas controlou bem o inglês, e foi um Leão limpando a própria área ao lado de Barzagli. De fato, a Juventus foi melhor por 10 minutos em Turim, e dez minutos em Londres. Bastou para avançar.
No outro jogo do dia, o Manchester City perdeu de virada para o Basel por 1 a 2. Voltando a atuar como titular, Gabriel Jesus marcou seu primeiro gol após retornar de lesão para abrir o placar para os Citizens. O Basel até fez a virada, com gols de Elyounoussi e Lang, mas é o City quem está classificado para as quartas-de-final da Champions League.
Imagem: Getty Images
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