Arthur: o novo controlador do Barcelona


Há 18 meses atrás, Arthur Henrique Ramos de Oliveira Melo era apenas mais um jogador com idade de Sub-20 no Grêmio. Em 2016, apesar de ver potencial no atleta, o treinador Roger Machado indicou que ele deveria retornar para a base, e quem sabe ser emprestado, pois ainda não estava pronto. Pois em 2017, com Renato Portaluppi no comando do tricolor gaúcho, após a saída de Wallace para o Hamburgo, o garoto ganhou oportunidades no time titular, se tornou o líder do meio-campo gremista, e em 2018, está vendido ao Barcelona, por um valor recorde, de cerca de 30 milhões de euros + variantes.

Arthur é muito mais um interior que gosta de ficar na base da jogada, mas também pode ser um volante em um double-pivote. Possui capacidade para desarmar, e começar jogadas, passando depois a ditar o ritmo da equipe, e armar o jogo. Tem uma ótima condução de bola, e joga sempre de cabeça erguida, também sabendo fazer o giro para os dois lados. Essa capacidade, em muito lembra Busquets, Iniesta, e Xavi Hernandez. O certo, é que o goiano, apesar de não ser Busquets, nem Iniesta, e nem mesmo Xavi, tem o chamado DNA Barça, e chega como opção bem mais barata do que Marco Verratti, podendo ser no longo prazo, tão bom quanto ele, embora também não seja Verratti.

O goiano de 21 anos tem uma capacidade sem igual de prender a bola, girar, e distribuir, mas o seu segredo é saber controlar o tempo e a hora de dar cada passe, mantendo assim a equipe em torno da bola, o que facilita a sequência da troca de passes, e a pressão pós perda do seu time. Na pressão pós perda e na marcação alta do rival, é uma arma para quebrar as linhas, como mostrou contra o Lanús, na final da Libertadores 2017. Em 2018, Arthur seguirá distribuindo o seu talento com a camisa do Grêmio, na Libertadores e no Brasileirão. Em 2019, a Europa vai conhecer mais de perto, aquele que é o jogador brasileiro com maior potencial, desde o surgimento de Neymar.






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