A temporada 2017-2018, não começou da maneira mais promissora para o Bayern. Se em 2016-2017, o Gigante da Baviera, sob às ordens de Carlo Ancelotti, parecia apenas simplificar mecanismos já memorizados da época de Pep Guardiola, o comandante não teve vida longa desta vez. Alguns tropeços no começo da Bundesliga, somados à uma derrota para o Paris Saint-Germain no Parc des Princes, e boatos de problemas de relacionamento, trouxeram a demissão ao técnico italiano. Em seu lugar, assumiu Jupp Heynckes, o comandante na conquista da inesquecível tríplice coroa da temporada 2012-2013.

O veterano comandante retomou a ordem na Baviera. Em paralelo à isto, o Borussia Dortmund, que liderava a Bundesliga, foi perdendo rendimento, e consequentemente a liderança da liga. O Bayern de Heynckes foi somando vitória atrás de vitória, e o inédito hexacampeonato alemão, que parecia distante, foi um dos mais fáceis da série. Sim o nível desta Bundesliga não foi o mais alto, mas o Bayern teve razões para ficar com a Salva de Prata de maneira tão fácil. A taça foi confirmada neste Sábado, após goleada fora de casa de 4 a 1, sobre o Augsburg.

Uma delas foi Javi Martinez. Sempre na base da jogada, sua sustentação deixava laterais e interiores atacarem, gerando superioridade em campo rival. A partir daí, o apoio dos laterais foi outro fator fundamental, contrastando apoios por dentro e por fora, revezando com os extremos. Joshua Kimmich, se mostrou um verdadeiro herdeiro de Lahm. Com Müller sendo na maioria das vezes um extremo direito, ele revezou bem os movimentos. Hora Müller dava amplitude, hora atacava a área. E quando isto ocorria, era Kimmich quem fazia o corredor, sempre gerando gols. Com Robben de futebol extremo, ocorria a mesma coisa.

Pela esquerda, com Alaba e Ribery ou Coman, a parceria já é antiga, e o acréscimo de James Rodríguez como interior/mediapunta, agregou ainda mais qualidade ao setor. Vidal também seguiu contribuindo como interior, assim como Thiago, quando as lesões deixaram. Rudy e Tolisso foram reservas que por vezes foram titulares em mais de uma função, e também tiveram papel ativo na conquista do hexa inédito da Bundesliga, assim como o brasileiro Rafinha, que deve, depois de muito tempo, deixar Munique.

Na zaga, Mata Hummels e Boateng não fizeram as melhores temporadas de suas vidas, algo que a presença de Niklas Süle no elenco ajudou a amenizar. O goleiro Manuel Neuer esteve ausente do gol por conta de uma lesão, mas Ulreich deu conta do recado, de maneira satisfatória.
Ninguém sabe dizer ao certo até quando durará esta série de títulos do Bayern. O Borussia Dortmund não consegue se reafirmar, o Schalke 04, o Bayer Leverkusen, e o Borussia Monchengladbadh não conseguem se firmar, e o Hoffenheim, e especialmente o RB Leipzig, parecem ter crescido mais rápido que as próprias pernas. 

Ninguém sabe se haverá alguém capaz de parar num futuro próximo o poderio deste Bayern, que de tão grande, nem mesmo o adjetivo gigante parece definir mais o seu real tamanho.




Imagem: Bayern Munchen