Voltando a jogar uma semifinal de Liga dos Campeões depois de dez anos, o Liverpool recebeu a Roma nesta Terça-feira, em jogo válido pela ida das semifinais da atual edição do interclubes. Ao contrário de outros momentos, os Reds eram favoritos, e precisavam impor o seu jogo, contra uma Roma que mesmo de argumentos escassos, possui uma espinha dorsal com Alisson, Fazio e Dzeko, que lhe garante o mínimo de argumentos para competir em bom nível. O jogo do time de Klopp vinha evoluindo muito em fases estatísticas desde o começo do ano, com a chegada de van Dijk. E o defensor mais caro da história tinha um bom teste hoje, contra um atacante do nível de Dzeko, muito embora o bósnio tenha duelado na prática, mais com o croata Lovren.
De maneira geral, a Roma controlou bem o Liverpool, com uma meia pressão, e posse pelos lados, por meia hora. Neste período, conseguiu controlar os lançamentos do time de Klopp, que buscava acelerar, acionando rápido os atacantes. Jurgen viu Oxlade Chamberlain, um de seus melhores jogadores da temporada, sofrer uma grave lesão, mas soube fazer do limão, una limonada. Depois da entrada de Wijnaldum, os Reds passaram a roubar mais a bola em zonas adiantadas, e acima de tudo, vencer os duelos aéreos, uma marca de momentos importantes da temporada, como as vitórias sobre o Manchester City. Aí, apareceu a velocidade do ataque do Liverpool, acionado rapidamente após a retomada da posse, e em especial, Salah.
O egípcio marcou dois golaços na reta final do primeiro tempo, para marcar diferenças. No primeiro gol, ocorrido aos 36 minutos do primeiro tempo, Salah recebeu a bola dentro da área, e chutou bem para bater o goleiro brasileiro Alisson. Já nos acréscimos do primeiro tempo, após receber de Roberto Firmino, o africano correu, e novamente bateu o arqueiro brasuca, agora de cavalinha. No segundo tempo, Di Francesco foi para o tudo ou nada, subiu marcação, e deu campo para os Reds contra atacarem, em transições rápidas. Mais do que isto, acelerando, deu ritmo ao jogo, e espaços para Firmino ativar Salah e Mané (este mais travado no setor de Fazio). Neste cenário, aproveitando espaços entre Kolarov e Juan Jesus, zagueiro esquerdo do 3-5-2 romanista, Salah ainda serviu Mané e Firmino, para dar números de goleada. Firmino, após escanteio, ainda fez o quinto tento inglês. Com o jogo decidido, Klopp sacou Salah, e o Liverpool perdeu concentração.
Nos minutos finais, a Roma agrediu ainda mais a defesa do Liverpool. Numa vitória do jogo de costas de Dzeko sobre Lovren, o Bósnio descontou. Na sequência, Diego Perotti, cobrando pênalti, decretou o 5 a 2, que deixa a eliminatória levemente aberta para a volta, a ser realizada em 2 de maio, no Stadio Olímpico. A Roma precisa vencer por 3 a 0, 4 a 1, ou cinco gols de diferença, para chegar na grande final. Qualquer outro placar, classifica o Liverpool.
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