Já se passaram mais de dez meses desde a final da UEFA Champions League 2016/17, disputada em Cardiff, por Juventus e Real Madrid. Pois neste mês de abril, as duas equipes se enfrentam pelas quartas-de-final da temporada seguinte, com diferenças com relação ao encontro passado.
Desde a goleada aplicada sobre a Juventus em Gales, o Real Madrid já conquistou a Supercopa da UEFA, a Supercopa da Espanha, e o Mundial de Clubes, mas ao mesmo tempo, resultados não tão bons em La Liga, e na fase de grupos da própria Champions, mostraram que mecanismos do time responsável pela conquista da Duodécima Copa dos Campeões já estavam ultrapassados e/ou viciados, o que levou o técnico Zinedine Zidane a fazer modificações.
No lado da Juventus, o técnico Massimiliano Allegri teve de lidar com saídas como as de Daniel Alves e Bonucci. Estas mudanças na linha defensiva o levaram a alterar muito da equipe vice-campeã europeia, na forma de jogar. Essa Juventus de hoje tem um meio-campo bem mais físico com a chegada de Matuidi, e gosta mais de pressionar alto, do que defender perto de sua própria área. A solidez defensiva muito mais fala sobre a hierarquia do futebol italiano, o qual o clube é o maior representante, do que sobre a atual maneira desta Juventus jogar. E ficou escancarado o fato nessa Terça-feira.
O duelo no Allianz Stadium, nesta Terça-feira, começou sob muitas expectativas. Mas a Juventus iniciou o jogo sofrendo gol. O Real Madrid abriu o placar logo aos três minutos de jogo, com Cristiano Ronaldo. Em jogada pela esquerda, Marcelo acionou Isco na ponta, e a defesa da Juventus bateu cabeça, deixando o mediapunta espanhol livre. Ele tocou para a área, onde Cristiano Ronaldo apareceu no primeiro poste, para vencer Buffon. Após o gol, o Real Madrid controlou bem o ritmo de jogo com seu toque de bola cadenciado. Isco apoiava o setor da bola, assim como Benzema geralmente, os interiores ficavam mais por dentro, na base da jogada, enquanto os laterais davam amplitude, e Cristiano Ronaldo buscava o espaço.
A Juventus tinha liberdade para sair jogando, conseguia circular a bola pelos lados e entrelinhas, mas não entrava na área, nem roubava em zonas adiantadas, por conta de mais um ótimo jogo da defesa merengue, no que se incluía tanto os laterais, como o trio Ramos-Varane-Casemiro. Dybala foi quem mais aproximou a Juventus do gol, mas só seu talento não bastou.
No segundo tempo, o Real seguiu melhor, até que surgiu a obra de arte. Chiellini e Buffon não se entenderam num recuo, e a bola parou nos pés de Cristiano Ronaldo. Ele perdeu ângulo, mas proporcionou o arremate à Lucas Vasquez, recém entrado no jogo. O mesmo exigiu grande defesa de Buffon, e no rebote, a bola foi para a ponta direita. Carvajal cruzou na área, e Cristiano Ronaldo, de bicicleta, entre quatqu defensores, arrematou perfeitamente ao gol, sem chances para defesa de Buffon.
Na sequência do gol de Cristiano Ronaldo, Dybala foi expulso após acertar Carvajal. O gol e a expulsão deixaram a Velha Senhora atormentada. Na sequência, Marcelo tabelou com Isco e Cristiano Ronaldo, driblou Buffon, e entrou com bola no gol, dando números finais ao encontro.
Agora, é aguardar a partida da volta, que ocorrerá na próxima quarta-feira, em Madri, no Santiago Bernabéu, onde o Real Madrid terá tudo para avançar, já que pode até perder por dois gols de diferença.
Imagem: AFP
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