Balanço da temporada 2017/18


A temporada europeia 2017-2018 está encerrada, ao menos no que diz respeito às grandes ligas. Elas já conhecem seus campeões, classificados às competições da UEFA, e rebaixados. De certa forma, as coisas correram bem, e os projetos corresponderam. Agora, é aguardar a Copa do Mundo, e ver como será o próximo ciclo.

O que aconteceu nas grandes Ligas:


Premier League


O Manchester City dominou a liga, do começo ao fim. O Manchester United fez uma temporada segura, mas sem conseguir competir com o City. Faltaram argumentos aos comandados de Mourinho com bola em jogos médios, e isso pesou de forte modo para a briga com um rival do nível do City. O Liverpool corrigiu problemas estruturais com a janela de janeiro, vendendo Coutinho, comprando van Dijk, e montando um time muito físico, mas ainda carece de profundidade no elenco, algo com que o Tottenham também sofre, apesar de bem estruturado. O Chelsea de Conte decepcionou quando defendia seu título, e o Arsenal estava em clima de fim de festa, na temporada de despedida de Wenger.

Do Big-six para baixo, o Burnley, um time muito inglês, que atuava em um 4-4-2 tipicamente britânico, foi o sétimo colocado, e vai para a Europa League. Dele para baixo, muitas trocas de treinador, com os três times ascendidos, e o Bournemouth, permanecendo na elite, deixando West Bromwich, Stoke e Swansea na degola. Os Cisnes caem, justamente quando o rival Cardiff subiu diretamente para a Premier League, junto com o tradicional Wolverhampton. Nos playoffs, o Fulham levou a melhor sobre o Aston Villa, e também assegurou retorno à elite.

Campeão: Manchester City.
Também ficaram no G-4: Manchester United, Liverpool e Tottenham.
Rebaixados: West Bromwich, Stoke e Swansea.


La Liga



Mesmo sem ser brilhante, o Barcelona foi um time muito cirúrgico na temporada toda. Cauteloso na hora de criar, pouco brilhante, mas capaz de somar pontos, conquistou La Liga e a Copa do Rei, apesar da frustração na Champions.

Com problemas estruturais, Real e Atlético de Madrid não conseguiram regularidade, e o Valencia de Marcelino Garcia Toral não teve fôlego para lutar pela taça, mas está de volta à Champions League. O Sevilla, com Berizzo doente, e Montella não sendo suficiente, decepcionou e pegou só o sétimo lugar, indo aos playoffs da Europa League. O Betis de Quique Setién, e o Villarreal de Javi Valleja, vão direto para a fase de grupos do certame.

Ainda dá para colocar Athletic Bilbao, Celta de Vigo e Real Sociedad como decepções, junto de Málaga, Las Palmas e Deportivo, estes rebaixados.

Campeão: Barcelona
Também ficaram no G-4: Real Madrid, Atlético de Madrid e Valencia.
Rebaixados: Málaga, Las Palmas e Deportivo.


Serie A



O Napoli de Sarri jamais será esquecido. Vice-campeão nacional, quase interrompeu o heptacampeonato da Juventus, mas na hora exata, a profundidade do elenco pesou. A Lazio também não teve fôlego para brigar pela taça, mas pode fazer um balanço positivo pelo futebol apresentado. A Roma foi regular, e semifinalista da Champions, nunca foi brilhante.

O Milan muito se reforçou, não teve padrão com Montella, e com Gattuso no comando técnico, reagiu, mas voltou a perder fôlego. A Atalanta de Gasperini foi outra boa equipe da competição.

Campeão: Juventus
Também ficaram no G-4: Napoli, Roma e Internazionale.
Rebaixados: Crotone, Benevento e Verona.

Bundesliga



O Bayern de Munique começou a temporada cambaleando com Ancelotti, mas Heynckes saiu da aposentadoria para recolocar o time nos trilhos, e estabelecer um histórico hexacampeonato, sem contestação. Abaixo do Bayern, o Schalke 04 foi o melhor time. Domenico Tedesco deu um bom padrão ao time, com um 5-3-2, 5-4-1, que potencializou os meias Max Meyer e Leon Goretzka, e o ala Daniel Calgiuri.

O Borussia Dortmund, com Petr Bosz, e depois Stoger, fez uma temporada flácida, mas estará na Champions League, assim como o Hoffenheim de Julian Nagelsmann, que perdeu jogadores, mas terminou no pódio, melhor do que na temporada passada, e vai para a fase de grupos da Champions League, pela primeira vez na história.

O Bayer Leverkusen montou um estilo de jogo bem reativo, como Schalke e Hoffenheim, mas teve uma queda de nível simultaneamente à queda de rendimento de Leon Bailey, seu principal jogador. Na parte debaixo, o Colônia caiu, assim como o Hamburgo, que tanto flertou com o rebaixamento recentemente, até cair de fato. O Wolfsburg também continuou uma perigosa relação com a queda, mas escapou nos playoffs.


Campeão: Bayern.
Também ficaram no G-4: Schalke 04, Hoffenheim e Borussia Dortmund.
Rebaixados: Colônia e Hamburgo.




Os demais campeões nas principais ligas da Europa:


Na França, o PSG, mesmo sem muitos mecanismos, tinha um elenco para sobrar. O Monaco ficou com o vice, com Jardim mais uma vez se superando. O Lyon de Genesio foi o terceiro.

O Lokomotiv quebrou um jejum de 14 anos, e foi o campeão russo, classificando-se para a próxima Champions diretamente, assim como o CSKA Moscou, enquanto o Spartak Moscou vai para os playoffs. Em Portugal, o Porto quebrou a hegemonia do Benfica, que ao menos garantiu o vice-campeonato, e a vaga na pré-Champions. Ainda tivemos AEK Athens e Young Boys surpreendendo, e destronando Basel e Olimpiacos.


Ligue 1: Paris Saint-Germain
Liga NOS: Porto
Eredivisie: PSV
Superliga Grega: AEK Athens
Superliga Turca: Galatasaray
Superliga Suíça: Young Boys
Premier League russa: Lokomotiv Moscou
Premier League ucraniana: Shaktar Donetsk

Os principais campeões de Copas nacionais no futebol europeu:

Copa do Rei: Barcelona
FA Cup: Chelsea
Coppa Italia: Juventus
Pokal Cup: Eintracht Frankfurt
Coupe de France: Paris Saint-Germain