Real Madrid e Barcelona, fizeram neste Domingo, um dos mais esvaziados Clássicos dos últimos anos. O Barcelona nos últimos dez dias de abril, conquistou duas taças, o doblete nacional, confirmando as taças da Copa do Rei e de La Liga. Já o Real Madrid, eliminou recentemente o Bayern, e é finalista da Champions League mais uma vez, estando bem mais focado na busca pelo tricampeonato europeu consecutivo, e um recorde na era UEFA Champions League. Mas o El Clásico é sempre um jogo que atrai olhares do mundo, e neste domingo não foi diferente.

O maior interesse no jogo, era do Barcelona, que buscava ainda ser campeão espanhol invicto. O Real tinha a meta do vice-campeonato espanhol, terminando La Liga na frente do rival Atlético de Madrid. Durante toda a temporada, as duas equipes apresentaram algumas semelhanças, como o uso do 4-4-2, e a necessidade do toque de bola cadenciado, e do pressing funcionando para ter um bom rendimento. Também, apesar de bases parecidas, tem muitas características diferentes, como os posicionamentos de seus segundos atacantes Messi e Cristiano Ronaldo, o Papel dos centroavantes Suárez e Benzema, a  formação do meio-campo, características dos atletas, e zona onde a bola é circulada. Também tem como semelhança, a sensação de que a temporada também não foi de tudo ruim, mas poderia ter sido melhor.

Jogando em casa, e com mais o que buscar, o Barcelona teve a iniciativa do jogo. Buscou marcar a saída de bola do Real, e aplicar uma pressão pós-perda forte. Começou o jogo conseguindo acumular roubos em zonas avançadas, e numa situação assim, abriu o placar. Sergi Roberto foi ativado pela direita, correu em campo aberto, nas costas de Marcelo, e cruzou na área. Nacho, talvez por ser zagueiro, afundou muito por dentro, e deixou o segundo poste sem marcação. Suárez fechou por lá, e abriu o placar. O gol, somado ao desgaste, fizeram o Barcelona diminuir a intensidade no pressing, e o Real ficar mais a vontade em campo. Sergio Ramos, Modric e  Kroos abriam linhas de passe, e Benzema fazia apoios gerando vantagens. Num bote errado de Busquets, Kroos puxou contragolpe pela esquerda, e acionou Cristiano Ronaldo, hoje extremo por aquele lado. CR7 devolveu à Kroos, que cruzou no segundo poste, onde estava Benzema. O francês finalizou de cabeça, e embaixo da trave, Cristiano Ronaldo apareceu dividindo com Piqué, para empatar. O empate deixou o jogo quente. Após uma cotovelada de Sergio Ramos em Suárez, a coisa piorou. Sergi Roberto tentou agredir Marcelo, e acabou expulso, deixando o Barcelona com um homem a menos para a volta ao segundo tempo.

Barcelona vs Real Madrid - Football tactics and formations

Na segunda etapa, Ernesto Valverde sacou Coutinho, para mandar Semedo ao campo, e recompor a sua linha de quatro defensiva. A ideia era se defender, e apostar em bolas longas para Messi. Num roubo de bola faltoso de Suárez em Varane, Messi foi acionado na área, passou por Casemiro, e recolocou o Barcelona na frente do marcador. Valverde sacou Iniesta, que se despedia do Clássico, para colocar Paulinho, e ganhar intensidade nas ações. Zidane já havia sacado Cristiano Ronaldo, mandando Asensio ao campo. Assim, ficou com o espanhol e Bale bem abertos, como extremos que dão amplitude ao time no 4-1-4-1. Até a entrada de Lucas Vázquez, que passou a abrir mais pela direita, assim como Marcelo pela esquerda. O Barcelona negava espaços na área e arredores com Piqué controlando a área, e com Rakitic e Paulinho como interiores, ganhava altura e profundidade com conduções.

Passaram-se os minutos, e o Real Madrid chegou ao empate, com um golaço de Bale após passe de Asensio. O time merengue, com um homem a mais produziu para virar, mas saiu de campo sem o triunfo, com o empate em 2 a 2. Já o Barcelona, esteve vencendo duas vezes, e cedeu o empate, que até lhe mantém invicto, mas pela terceira temporada seguida, não venceu o Real no Nou Camp. No fim, ficou um sabor agridoce para ambos.