Ainda surfando na onda do grande time dos anos 1970, a Polônia foi à Copa do Mundo de 1982, para realizar uma grande campanha. Apesar do conturbado momento político e social que o país já vivia, o time do técnico Antoni Piechniczek ainda mantinha craques da década dourada, como Lato e Szarmach, ambos já com mais de 30 anos. Contudo, desta vez Boniek seria a principal referência técnica da equipe, com o goleiro Mlynarczyk sendo uma segurança na retaguarda. Matysik, Kupcewicz, e Smolarek, eram outros nomes desta brilhante safra, que levaria o futebol polaco ao terceiro lugar do Mundial realizado na Espanha.
A Polônia passou sem problemas pelas Eliminatórias, com 100% de aproveitamento. No Mundial, caiu no Grupo A, ficando ao lado de Itália, de Camarões, e do Peru.
Após empates com italianos e camaroneses, a vitória sobre os sul-americanos foi suficiente para o avanço de fase.
Na segunda etapa, a Polônia dividiu triangular com a Bélgica, seleção que derrotou por 3 a 0 (com hat-trick de Boniek), e a União Soviética, que também ficou para trás, permitindo o avanço polonês às semifinais. Nesta fase, a Polônia, sem Boniek, cairia perdendo por 2 a 0 diante da Itália, que havia eliminado anteriormente Brasil e Argentina, e posteriormente bateria a Alemanha na final, para se sagrar tricampeã mundial. Se a Polônia não teve seu craque, a Itália teve o seu iluminado artilheiro Paolo Rossi, autor dos dois gols no encontro.
Os poloneses disputaram assim a decisão do terceiro lugar do Mundial, contra a França, e venceram por 3 a 2, alcançando um lugar no pódio mundialista, como haviam feito na Alemanha, em 1974.
Time-base: Mlynarczyk; Dziuba, Janas, Zmuda, Majewski; Matysik, Buncol, Kupcewicz; Lato, Smolarek, Boniek. Técnico: Antoni Piechniczek