A Arábia Saudita vai à Copa do Mundo, num cenário, no mínimo, tumultuado. As constantes trocas de treinadores, devem atrapalhar um selecionado que contrariou expectativas para estar na Rússia. A Arábia Saudita não pode contar com nenhuma estrela no plantel, e fez até uma gambiarra recente para tentar ganhar experiência internacional, mandando jogadores para a Liga espanhola, pagando por isso.
A trajetória da Arábia Saudita nas eliminatórias em muito teve a ver com o técnico holandês Bert Van Marwijk, vice-campeão mundial em 2010 com a seleção da Holanda. Após a sua chegada, o time iniciou uma arrancada similar à do Brasil na América do Sul. Desavenças com dirigentes locais geraram a sua não permanência pós eliminatórias, e seu substituto, foi o argentino Edgardo Bauza, que fracassou com a seleção argentina, recentemente. Ele só ficou no comando por dois meses, e após três derrotas em cinco amistosos, foi demitido. Assim, o também argentino Juan Antônio Pizzi, chegou para o substituir, com a missão de classificar a seleção para as oitavas-de-final, em um grupo que ainda conta com Rússia, Egito e Uruguai. Esta vai ser a quinta Copa do Mundo da da Arábia Saudita, que em 1994, com o argentino Jorge Solari no comando, chegou nas oitavas-de-final.
Por conta das constantes trocas de treinador, fica difícil falar sobre os mecanismos da equipe, que ao longo das eliminatórias, jogou geralmente no 4-3-3, com Al Muaiof; Al Shahrani; Osama Hawsawi, Omar Hawaswi e Al Harbi; Otayf, Al Faraj e Al Abed; Al Shehri, Al Jassim e Al Sahlawi, embora Pizzi possa fazer alterações nesta base até o começo da Copa do Mundo.
Mohammad Al Sahlawi foi o artilheiro das eliminatórias asiáticas com 16 gols, e é um dos destaques deste time Saudita que jogará a Copa. O outro, é um dos sauditas que atuam no futebol espanhol. Seguramente, o melhor jogador da Arábia Saudita nas eliminatorias mundialistas, foi Al-Shehri. Mediapunta de pé trocado, possui limitações físicas, mas se destaca por sua habilidade de trabalhar a bola em espaços reduzidos, pela capacidade associativa, e pelo toque na bola, com muito talento, não melhor polido, pela falta de qualidade no trabalho em seu país.
Sistema Tático: 4-3-3
O craque: Al Sahlawi
A esperança: Al-Shehri
Treinador: Juan Antônio Pizzi
Time-base: Al Maioufi; Alshahrani, Osama Hawsawi, Omar Hawsawi e Al-Harbi; Otayf, Al Shehri, Al-Jassim e Al Faraj; Al Abid e Al Shawali.
Lista de convocados para a Copa do Mundo 2018:
Goleiros: Mohammed Al-Owais (Al-Ahli), Yasser Al-Musailem (Al-Ahli) e Abdullah Al-Mayouf (Al-Hilal).
Defensores: Mansoor Al-Harbi (Al-Ahli), Osama Hawsawi (Al-Hilal), Ali Al Bulaihi (Al-Hilal), Omar Othman (Al-Nassr), Mohammed Al-Burayk (Al Hilal), Yasser Al-Shahrani (Al-Hilal) e Motaz Hawsawi (Al-Ahli).
Meio-campistas: Salman Al-Faraj (Al-Hilal), Yahya Al-Shehri (Leganés, ESP), Hattan Bahbir (Al-Shabab), Abdulmalek Al-Khaibri (Al-Hilal), Mohammed Kanno (Al-Hilal), Abdullah Otayf (Al Hilal), Abdullah Al-Kahibari (Al-Shabab), Houssain Al-Moqahwi (Al-Ahli), Taiseer Al-Jassam (Al-Ahli) e Salem Al-Dawsari (Villarreal, ESP).
Atacantes: Mohammad Al-Sahlawi (Al-Nassr), Fahad Al-Muwallad (Levante, ESP) e Muhannad Assiri (Al-Ahli).
Imagem: FIFA