Guia da Copa do Mundo 2018: Egito



Depois de 28 anos, o Egito está de volta à Copa do Mundo. Atual vice-campeão africano, tendo perdido a final da CAN 2017 para Camarões, o selecionado egípicio, treinado pelo experiente técnico argentino Hector Cúper, dentro da medida do possível, ainda deu sorte no sorteio, caindo em um grupo bem acessível para o avanço às oitavas-de-final. Por mais que o Uruguai tenha sua força e tradição, a Rússia jogue em casa, e a Arábia Saudita seja uma incógnita, em quase nenhuma das outras chaves, os egípcios teriam um cenário tão bom, com encaixes tão favoráveis, como estes.

A grande aposta do Egito na Copa do Mundo 2018, deverá ser na velocidade, e no talento de seu principal jogador, o extremo Mohammed Salah, jogador do Liverpool. A defesa é razoavelmente boa para o padrão de equipes africanas. O maior problema egípcio é a marcação do jogo aéreo em sua área defensiva, e de cruzamentos, de maneira geral. Assim, fica fácil imaginar que os egípcios vão apostar em transições e saídas rápidas, tentando atacar em velocidade as defesas rivais, que no caso do Uruguai, e especialmente da Rússia, não são lá muito rápidas. Fora isto, o cenário de caos organizado poderá ser favorável, para um time com vários atletas que atuam na Premier League inglesa. O Sistema de jogo da equipe, é o 4-2-3-1, com laterais não muito envolvidos no jogo ofensivo, um duplo-volante, e peças de velocidade no ataque. O goleiro Essan El-Hadary vai se converter, ao entrar em campo, no jogador mais velho a atuar em uma Copa do Mundo. Aos 45 anos, e mais de duas décadas de seleção, ele deve superar o recorde do colombiano Mondragón, que atuou em 2014, com 43 anos.

Além de Cúper e de Salah, há de se destacar outros pontos individuais neste Egito. O zagueiro Hegazy, e o volante Elneny, já são conhecidos do fã da Premier League. Ex-atleta do gigante local Al Ahly, o meia Abdalah Said, hoje no saudita Al Ahli, é um típico camisa 10 africano, adaptado por Cúper à função de interior em certos momentos do jogo. Já o extremo esquerdo, Hassan Trezeguet, destaque no futebol turco, costuma fazer diagonais de fora para dentro, e é uma arma perigosa.


Sistema Tático: 4-2-3-1
O craque: Mohamed Salah (Liverpool)
A esperança: Mahmoud Hassan (Kasimpasa)
Treinador: Héctor Cúper


Time-base: El-Hadary; Fathi, Hegazy, Ramy Rabia e Abdelshafi; Tarek Hamed, El-Neny e Abdalah Said; Mohamed Salah, Ramadan Sobhi, e Trezeguet.



Lista de convocados para a Copa do Mundo 2018:


Goleiros: Essam El-Hadary (Al Taawoun, SAU), Mohamed El-Shennawy (Al Ahly) e Sherif Ekramy (Al Ahly).

Defensores: Ali Gabr (West Bromwich Albion, ING), Ahmed Elmohamady (Aston Villa, ING), Ahmed Hegazi (West Bromwich Albion, ING), Ahmed Fathi (Al Ahly), Ayman Ashraf (Al Ahly), Mohamed Abdel-Shafy (Al Fath, SAU), Mahmoud Hamdy (Zamalek) e Saad Samir (Al Ahly).

Meio-campistas: Omar Gaber (Los Angeles FC, EUA), Sam Morsy (Wigan, ING), Tarek Hamed (Zamalek), Mohamed Elneny (Arsenal, ING), Abdallah Said (Kuopio, FIN) e Mahmoud “Trezeguet” Hassan (Kasimpasa, TUR).

Atacantes: Marwan Mohsen (Al Ahly), Mohamed Salah (Liverpool, ING), Mahmoud “Kahraba” Abdel-Moneim (Al-Ittihad, SAU), Ramadan Sobhi (Stoke City, ING), Shikabala (Al Raed, SAU) e Amr Warda (Atromitos, GRE).







Imagem: FIFA