Guia da Copa do Mundo 2018: Rússia




A seleção da Rússia chega à Copa do Mundo de 2018 tentando desempenhar um bom papel em casa. A condição de cabeça-de-chave, lhe deu a oportunidade de cair em uma chave acessível, onde pode sonhar com o avanço às oitavas-de-final. Em suma, o Uruguai, é o grande favorito desta chave A, com a Arábia Saudita na condição de seleção menos credenciada. Assim, a Rússia deve lutar contra o Egito, do técnico Hector Cúper, e do virtuoso Salah, para não repetir a África do Sul de 2010, única seleção a não passar da fase de grupos quando era anfitriã de uma Copa do Mundo.

O certo, é que a seleção russa demonstrou problemas no ciclo. A eliminação na primeira fase da Euro 2016, quando estava no grupo B, ao lado de Inglaterra, País de Gales, e Eslováquia, foi inesperada. Este desempenho também resultou na saída do técnico Leonid Slutik do comando, dando lugar ao ex-goleiro Stanislav Cherchesov. O novo comandante tem tentado dar um padrão de jogo ao selecionado, similar ao das principais equipes do país, e algumas outras do futebol europeu. O novo comandante manteve como goleiro Igor Akinfeev, mas alterou muita coisa no sistema defensivo. Sergei Ignashevich, e Vasily Berezutsky perderam espaço para Vasin, companheiro deles no CSKA Moscow, e Kudryashov, jogador do Rubin Kazan, e Dzhikiya, do Spartak Moscou, também ganharam espaço no miolo defensivo da linha de cinco, que carrega consigo muito do sucesso dos sistemas de Rostov e CSKA, de boas campanhas recentes, inclusive em competições europeias. 

Outro nome que perdeu espaço foi Igor Denisov, que teria tido problemas de relacionamento com Cherchesov. Assim, Alan Dzagoev virou a principal referência no setor, que ainda possui várias peças de qualidade, como Samedov, do Spartak Moscou, Aleksandr Yerokhin, e Zhirkov. Na frente, Fyodor Smolov e Aleksandr Kokorin vem ganhando espaço, assim como os irmãos Aleksei e Anton Miranchuk, do Lokomotiv, e Aleksandr Golovin, do CSKA. A Rússia não tem muitos mecanismos para atacar em posicional, e geralmente parte do 5-4-1, gostando mais de ter a transição ofensiva, do que a posse. Há qualidade individual, o que pode salvar a equipe em jogos contra adversários mais fracos.

Na defesa, o time russo faz encaixes no setor, com perseguições curtas, no setor da bola. O time é compacto e intenso, inclusive após perder a posse, quando já pressiona forte. Um ala geralmente cai para marcar os espaços laterais, com os os meias marcando bem por dentro, para proteger a entrada da área e arredores, e manter quatro homens atrás, negando profundidade ao rival. O zagueiro Kudryashov possui capacidade para apoiar o ataque, e é uma arma importante na criação. Os alas também fecham por dentro em momento ofensivo, o que pode ser um fator surpresa.



Sistema Tático: 5-3-2
Craque: Alan Dzagoev (CSKA)
Fique de olho: Alexander Golovin (CSKA)
Técnico: Stanislav Cherchesov




Time-base: Akinfeev; Kudryashov, Samedov, Vasin e Dzhikiya; Shishkin, Zhirkov, Kombarov e Golovin; Glushakov e Smolov.



Lista de convocados para a Copa do Mundo 2018:



Goleiros: Igor Akinfeev (CSKA Moscou), Vladimir Gabulov (Club Brugge, BEL) e Andrey Lunev (Zenit).

Defensores: Mario Fernandes (CSKA Moscou), Ilya Kutepov (Spartak Moscou), Sergei Ignashevich (CSKA Moscou), Andrei Semenov (Akhmat Grozny), Fedor Kudryashov (Rubin Kazan), Vladimir Granat (Rubin Kazan) e Igor Smolnikov (Zenit).

Meio-campistas: Denis Cheryshev (Villarreal, ESP), Daler Kuzyaev (Zenit), Yuri Gazinskiy (Krasnodar), Alan Dzagoev (CSKA Moscou), Roman Zobnin (Lokomotiv Moscou), Anton Miranchuk (Lokomotiv Moscou), Aleksei Miranchuk (Lokomotiv Moscou), Aleksandr Golovin (CSKA Moscou), Yuri Zhirkov (Zenit), Aleksandr Samedov (Spartak Moscou) e Aleksandr Erokhin (Zenit).

Atacantes: Artem Dzyuba (Arsenal Tula) e Fedor Smolov (Krasnodar).



Imagem: FIFA