A seleção uruguaia chega à sua terceira Copa do Mundo consecutiva, algo que mostra a reconsolidação do projeto local. A última vez que os Charruas ficaram de fora de um Mundial foi em 2006, quando caíram diante da Austrália na repescagem intercontinental. O experiente técnico Óscar Tabárez conduziu seu time pelas Eliminatórias para esta Copa com uma tranquilidade que não se via há anos, já que foram quatro repescagens consecutivas. A Celeste ficou em segundo lugar na zona Sul-americana, atrás do Brasil, classificando-se com certa folga.
Mas agora, com a aproximação do torneio, Tabárez tem uma importante decisão a tomar: continuar a confiar na abordagem ofensiva que tem funcionado tão bem, ou fazer mudanças. A seleção uruguaia que vai à Rússia é, no papel, a melhor em anos, mesclando novatos e nomes experientes. A defesa deve mesclar bastante, reunindo a já tradicional dupla Godín-Gimenez, com o ataque tendo Cavani e Suárez, e o meio-campo, sendo o setor mais beneficiado pela renovação, com Torreira (Sampdoria), Federico Valverde (jogador do Real Madrid, emprestado ao Deportivo La Coruña), Mathías Vecino (Internazionale), Nahitan Nández (Boca Juniors), e Rodrigo Bentancur (Juventus), ganhando muito espaço. Outra novidade é o atacante do Celta, Maxi Gomez, com boa capacidade para atacar espaços pelos lados, o que pode deixar Tabarez na dúvida entre um 4-4-2, um 4-2-3-1, ou um 4-3-3, mas um 4-4-2, com Cavani e Suárez na frente, e Gomez, Stuani, e Pereiro, no banco é o mais provável. O meio, pode ter um losango, com possivelmente, Lodeiro no vértice.
A transição ofensiva é uma arma do Uruguai, e a defensiva, outra. Quando perde a bola, o time já pressiona, e não sofre muito com contragolpes. A busca é por levar a bola rápido aos atacantes, já que Suárez e Cavani não precisam de muito sistema para fazer a diferença. Mas esta nova versão de meio-campistas uruguaios, proporciona à Tabarez diminuir um pouco as ligações diretas, podendo trabalhar mais a bola na base da jogada. O time só deverá sofrer mais mesmo é com os cruzamentos laterais contra a sua área, mas nada que preocupe. Além disto,a hierarquia de Godín ajuda a sanar problemas de sistema. A velocidade dos jovens e a hierarquia dos mais cascudos, são fatores para o Uruguai sonhar alto neste mundial.
Sistema tático: 4-4-2
Craque: Luis Suárez (Barcelona)
A esperança: Federico Valverde (Deportivo La Coruña)
Técnico: Óscar Tabárez
Time-base: Muslera; Martin Cáceres, Godín, Giménez e Álvaro Pereira; Carlos Sánchez, Bentancur, Álvaro Gonzáles e Cristian Rodríguez; Luis Suárez e Cavani.
Lista de convocados para a Copa do Mundo 2018:
Goleiros: Fernando Muslera (Galatasaray, TUR), Martín Silva (Vasco, BRA) e Martín Campaña (Independiente, ARG).
Defensores: Diego Godín (Atlético de Madrid, ESP), Sebastián Coates (Sporting, POR), José Giménez (Atlético de Madrid, ESP), Maxi Pereira (Porto, POR), Gastón Silva (Independiente, ARG), Martín Cáceres (Lazio, ITA), Guillermo Varela (Peñarol).
Meio-campistas: Lucas Torreira (Sampdoria, ITA), Matías Vecino (Internazionale, ITA), Rodrigo Bentancur (Juventus, ITA), Carlos Sánchez (Monterrey, MEX), Giorgian de Arrascaeta (Cruzeiro, BRA), Diego Laxalt (Genoa, ITA), Cristian Rodríguez (Peñarol), Jonathan Urretaviscaya (Monterrey, MEX) e Nahitan Nández (Boca Juniors, ARG) .
Atacantes: Cristhian Stuani (Girona, ESP), Maximiliano Gómez (Celta de Vigo, ESP), Edinson Cavani (Paris Saint-Germain, FRA) e Luis Suárez (Barcelona, ESP).
Imagem: FIFA