Nos últimos anos, Carlo Ancelotti, Laurent Blanc e Unai Emery, treinaram o PSG. Todos conseguiram conduzir o clube ao título da Ligue 1 e das Copas nacionais, mas não cumpriram com a missão de conduzir o clube ao Final Four e um eventual título de Champions League. Emery não conseguiu nem mesmo classificar o PSG às quartas-de-final da UCL, mas seu trabalho não pode ser medido só por este resultado, e sim pelo desempenho. Por mais que o comandante tenha agregado coisas ao coletivo, o PSG com ele não teve nem uma política de contratações, e nem uma filosofia de jogo, com mecanismos para se impor dentro da França, e na Europa.
Faltava ao PSG uma cara, uma idéia de equipe. E o novo treinador do clube para a temporada 2018/19, o alemão Thomas Tuchel, parece ter condições de dar esta cara. Os dirigentes teriam designado três metas à Tuchel. A primeira delas, seria que ele ajudasse Neymar a se adaptar melhor à França. A segunda, seria a conquista da Liga dos Campeões. A terceira, seria manter a hegemonia na França.
Tuchel começou a se destacar no Mainz 05, mas foi no Borussia Dortmund, que ele realmente ganhou projeção internacional. Em dois anos no Borussia Dortmund, Tuchel fez duas boas temporadas, muito embora tenha tido supostamente problemas de relacionamento, e especialmente, enfrentado uma série de lesões, em um clube já conhecido pelos seus problemas no departamento médico.
Em Paris, Tuchel vai encontrar um vestiário ainda mais recheado de estrelas do que em Dortmund, e terá de fazer uma boa gestão de pessoas, sabendo que algumas estrelas, obrigatoriamente, vão ficar no banco. A maior estrela da equipe é Neymar, que deverá ficar no Parc des Princes, para liderar em campo o ambicioso projeto. E Tuchel, deve montar este time a partir de Neymar, e não só dependendo dele. Ney deverá ter liberdade para se mover pela esquerda no Jogo de Posição de Tuchel, como Reus por vezes teve no Borussia Dortmund. A grande questão é saber se ele usará um 3-4-3, ou um 4-3-3, e que reforços vão desembarcar em Paris na próxima janela.
É notório que as equipes francesas não costuma adotar sistemas muito posicionais, e isto, possivelmente tenha alguma relação com a falta de sucesso em competições da UEFA, onde o controle dos espaços tem sido característica dos times de sucesso. Tuchel terá um desafio contracultural a mais, e o vencer será fundamental para concluir seus objetivos.
0 Comentários