Uma das equipes mais "legais" do futebol europeu nesta temporada, foi o Shakhtar Donetsk, do treinador português Paulo Fonseca. Com um ataque funcional, partindo de uma saída de bola limpa que busca espaços para serem atacados no campo de ataque, os mineros encantaram na Champions League, avançando em um grupo F que ainda tinha o Manchester City, o Napoli, e o Feyenoord. Só caíram diante da Roma, nas oitavas-de-final, mas na Ucrânia, a temporada foi um completo sucesso, mais uma vez.

O Shakhtar Donetsk assegurou o título de campeão ucraniano 2017/18, após vencer o Veres, por 1 a 0, ainda na penúltima rodada da fase final da liga. O único gol do jogo, realizado em Kharkiv, foi marcado por Marlos, de pênalti, aos cinco minutos. A vitória deixou o Shakhtar com 75 pontos, mais cinco do que o Dinamo Kiev, segundo colocado.


Antes, o Shakhtar Donetsk havia conquistado a Copa da Ucrânia, após vencer o Dínamo de Kiev, por 2 a 0, na final disputada em Dnipropetrovsk. Em duas temporadas no Shakhtar Donetsk, Paulo Fonseca conquistou duas vezes o campeonato ucraniano, e duas vezes a Copa da Ucrânia, somando dois dobletes nacionais, além de uma Supercopa nacional.

Dois jogadores do Shakhtar Donetsk estarão na Copa do Mundo com a seleção brasileira. Fred, é o epicentro do meio-campo, com uma capacidade ímpar de suportar qualquer pressão na saída de bola, e acionar os companheiros na frente, acertando o timing e o gesto técnico das jogadas. O outro, Taison, foi um meia, ponta-de-lança, que atuava por trás de Facundo Ferreyra, o centroavante argentino que proporcionava boas ações e gols na frente. Taison partia muito do meio, mas caía pela esquerda, onde jogava Bernard, que também afundava, assim como Marlos, que partia da direita. A intenção era acumular jogadores pelo setor canhoto, dando este corredor para Ismaily, e liberando a direita.

Com um modelo de jogo que unia plasticidade, eficiência, e contundência, o Shakhtar Donetsk encantou a Ucrânia, segue dominando por lá, e estará na Champions League mais uma vez. Paulo poderia ir para uma Liga Top-5, mas preferiu ficar no Shakhtar, renovando contrato, e podendo estabelecer mais recordes.