A grande final da Champions League 2017/18 aconteceu neste Sábado, dia 26 de maio, em Kiev. E mais uma vez, o campeão foi o de sempre. A decisão entre Real Madrid e Liverpool, acabou com vitória por 3 a 1 do agora tricampeão consecutivo da Europa, que ergueu pela décima terceira vez a taça mais importante da Europa. O Real Madrid igualou assim o Ajax de Michels e Cruyff, e o Bayern de Müller, Beckenbauer e Rummenigge, como equipes tricampeãs da Europa, sendo a primeira na era UEFA Champions League a atingir este feito. Um time para a história.

Liverpool vs Real Madrid - World Cup - 26th May 2018 - Football tactics and formations

O Liverpool resistiu o quanto aguentou. Se sabia que a chave desta final eram dois duelos. Primeiro, o pressing do Liverpool de Jurgen Klopp, contra a saída de jogo do Real Madrid de Zidane. Segundo, a capacidade do Liverpool para defender em campo próprio caso baixasse suas linhas, contra um Real Madrid que ataca com Sergio Ramos, Toni Kroos e Luka Modric gerando linhas de passe, Carvajal e Marcelo dando amplitude, Benzema fazendo apoios, e Cristiano Ronaldo buscando a ruptura, para encontrar o espaço.

E como esperado, o Liverpool começou o jogo marcando alto, numa pressão média, para não dar campo aberto, buscando depois encaixar o seu perde e pressiona, e acelerar rápido no terço final de campo, com os homens de frente. A intenção era tirar o Real Madrid da sua zona de conforto, algo que até deu certo nos dez minutos iniciais. A partir daí, o Real Madrid passou a tentar tocar mais a bola e baixar a marcação rival, fazendo a pressão por encaixes na saída de jogo vermelha, mas a princípio não conseguiu, especialmente por conta de suas principais figuras não estarem finas no gesto técnico, errando muitos passes.

O ímpeto do Liverpool só foi cessar de fato após dois sextos de partida, por um motivo inesperado. Aos 29 minutos do primeiro tempo, Salah deixou o campo chorando após um forte choque com Sergio Ramos. O time sentiu muito a sua saída, nos aspectos tático, técnico, físico, e emocional. Minutos depois, Carvajal acabou por ser substituído, com uma lesão no tornozelo.

Sem Salah, e com Nacho em campo, o trabalho de apoios de Firmino caiu. Sabendo da sua superioridade, os blancos passaram a circular a bola, contando com os apoios de Karim Benzema entre as linhas, e os avanços de Marcelo, para ganhar metros. Pouco a pouco, o time foi se aproximando do seu gol. No lugar de Salah, Klopp mandou ao campo Lallana, um meia de pausa, não um jogador de ritmo.

Isco perdeu uma chance no começo da segunda etapa, que era um prenúncio. Logo na sequência, Karius, aos 51 minutos, errou ao tentar repôr a bola rápido, tendo seu passe interceptado por Benzema. O francês havia sido acionado por Kroos, não aproveitou este primeiro passe, mas acompanhou a trajetória do esférico, e foi premiado com o tento de abertura do placar. O jogo começava a ser decidido nos detalhes, e especialmente na força mental, do Madrid de Zidane.

O Liverpool, contudo, não se entregou. O time de Klopp empatou quatro minutos depois, após Milner cobrar escanteio no segundo poste, Lovren cabecear por cima de Ramos, e Mané arrematar sem chances de defesa para Keylor Navas. Mas aí, Bale entrou no jogo. E primeiro, ele marcou um golaço de bicicleta, depois, chutou de longe, e Karius aceitou, decretando o 3 a 1 final, contra um Liverpool que apenas apostava na velocidade de Mané, para tentar algo. Bastou ao time merengue esperar o apito final, para comemorar.

Com a final da UEFA Champions League, a temporada 2017/18, a última deste ciclo, está encerrada. Na próxima temporada, teremos uma nova Champions League, com mais equipes das grandes ligas, e menos times da periferia da Europa. O nível técnico e de interesse do público já na fase de grupos aumentará, mas no mata-mata, não devemos ter muito impacto disto. Antes da temporada 2018/19, ainda teremos a Copa do Mundo na Rússia, que definirá muito dos rumos do esporte bretão para os próximos anos.