Guia da Euro 2016: Suécia



A Euro 2016 marcou o fim da era Zlatan Ibrahimovic e do técnico Erik Hamrén no selecionado sueco. Sob o comando de Janne Andersson, de uma maneira até certo ponto surpreendente, a Suécia conseguiu se classificar para o seu primeiro grande torneio sem Zlatan Ibrahimovic logo na primeira eliminatória após a aposentadoria do craque. Para isto, o selecionado sueco teve de passar por uma chave bastante complicada nas eliminatórias europeias para a Copa, onde deixou para trás a Holanda, e depois, na repescagem eliminou a tradicional Itália, deixando os italianos fora de uma copa do mundo pela primeira vez desde 1958. Na ida, em Estocolmo, os suecos venceram por 1 a 0, e com o empate sem gols na volta, conseguiram chegar ao Mundial.

O técnico Jan Andersson empregou na equipe um esquema 4-4-2, com um sistema bem similar ao de Lars Lagerback, implementado no começo dos anos 2000, que deu bons frutos na época. Este mesmo modelo também foi implementado pelo veterano na Islândia, com sucesso. O time sueco, hoje, não tem mais tanto talento quanto outrora, e deve depender muito das conduções do meia-atacante Emil Forsberg, do RB Leipzig, seja para abrir espaços em ataque posicional, seja para transitar em campo aberto.


Na extrema oposta à de Forsberg, Claesson e Durmaz disputam posição. Claesson, vice-artilheiro no Krasnodar na temporada 2017/18, joga mais por dentro e pela extrema esquerda, enquanto Durmaz seria um extremo puro, de drible, que pisa na linha. Por dentro, Hiljemark, Larsson, Ekdal e Svensson são as opções, sendo jogadores de pouca capacidade de armação. Lustig, o lateral direito, é um nome bem conhecido.

No ataque, Guidetti não evoluiu como esperado, e o pivô Toivonen, pelo sistema, deve ser muito acionado. A Suécia deve apostar em lançamentos diretos, ligando rápido com os atacantes em bolas longas, para os extremos do campo. Após um desvio, um dos extremos vai brigar pela segunda bola, e ou parte para o gol, ou busca combinar até cruzar na área.

Atrás, a Suécia marca com blocos médios e por zona, com muita compactação, pressionando o lado da bola, fechando bem as linhas de passe. A marcação é bem compacta, e se um lateral sai, o volante do seu lado recompõe, enquanto o outro fecha o funil. Na transição defensiva, o time só tenta atrapalhar a saída do rival, para correr para trás e recompor suas linhas.


A Suécia está no grupo F, ao lado de Alemanha, México e Coréia do Sul. Deverá disputar com os mexicanos um lugar nas oitavas-de-final, embora a competitividade coreana nunca possa ser menosprezada.


Sistema tático: 4-4-2

Craque: Emil Forsberg (Red Bull Leipzig)

A esperança: Viktor Claesson (Elfsborg)

Treinador: Jan “Janne” Andersson



Time-base
: Olsen; Granqvist, Lustig, Lindelof e Augustinsson; Claesson, Sebastian Larsson, Svensson e Forsberg; Toivonen e Berg.



Lista de convocados para a Copa do Mundo 2018:


Goleiros: Robin Olsen (Copenhague, DIN), Karl-Johan Johnsson (Guingamp, FRA) e Kristoffer Nordfeldt (Swansea, ING).

Defensores: Mikael Lustig (Celtic, ESC), Victor Lindelöf (Manchester United, ING), Andreas Granqvist (Krasnodar, RUS), Martin Olsson (Swansea, ING), Ludwig Augustinsson (Werder Bremen, ALE), Filip Helander (Bologna, ITA), Emil Krafth (Bologna, ITA) e Pontus Jansson (Leeds, ING).

Meio-campistas: Sebastian Larsson (Hull City, ING), Albin Ekdal (Hamburgo, ALE), Emil Forsberg (RB Leipzg, ALE), Gustav Svensson (Seattle Sounders, EUA), Oscar Hiljemark (Genoa, ITA), Viktor Claesson (Krasnodar, RUS), Marcus Rohdén (Crotone, ITA), Ola Toivonen (Toulouse, FRA) e Jimmy Durmaz;(Toulouse, FRA).


Atacantes: Marcus Berg (Al Ain, EAU), John Guidetti (Alavés, ESP) e Isaac Kiese Thelin (Wassland-Beveren, BEL).








Imagem: FIFA