Irã e Portugal, entregaram nessa Segunda-feira um jogão, emocionante até o último segundo, e empataram em 1 a 1, após várias intervenções do VAR. Já a Espanha arrancou um empate com o Marrocos em 2 a 2, e avançou em primeiro no grupo B, na frente dos atuais campeões da Europa.

O Irã entregou o que dele se esperava e mais um pouco nessa Copa do Mundo 2018. O time do técnico Carlos Queiroz apresentou ótima performance em defesa posicional, e capacidade de transição ofensiva, com marcação com linhas mais altas, para o roubo em zonas adiantadas, mas errou demais nas tomadas de decisão e nos gestos técnicos no terço final do campo, pagando com a eliminação por isso.

O jogo de hoje foi um retrato disso. Portugal começou melhor, acelerando bem as jogadas pelos lados, com dois atacantes, André Silva e Cristiano Ronaldo, profundizados, enfiados na defesa iraniana, e os extremos João Mário e Quaresma bem abertos, com William Carvalho e Adrien Silva na base da jogada. Assim, o time português foi forçando as jogadas, e empurrando o Irã, que até reagiu e conseguiu o contragolpe, apesar da boa transição defensiva portuguesa, graças aos desmarques em diagonal do extremo direito Jahanbakhsh, e as conduções de Azmoun e Amiri, mas errou demais nas finalizações. Apenas nos minutos finais da primeira etapa, Portugal chegou ao seu gol, com um chute de trivela de Quaresma, de fora da área.

No segundo tempo, o Irã foi ao campo disposto a roubar a bola em zonas avançadas, tentando transições curtas. Portugal chegou a conseguir um pênalti graças ao VAR, sofrido e desperdiçado por Cristiano Ronaldo. Após o pênalti perdido, o time do técnico Fernando Santos sentiu o mental, se desconcentrou, e viu o Irã acumular chances, que poderiam ter sido melhor aproveitadas. O selecionado persa chegou a empatar, em uma cobrança de pênalti, e teve a bola do jogo para a virada, mas desperdiçou, tendo de amargar assim a eliminação.

Vale ressaltar que apesar da eliminação na Copa do Mundo, o Irã sai de cabeça erguida, e deverá terminar com uma campanha melhor do que alguma seleção de outro grupo que vai avançar para as oitavas-de-final. O time de Carlos Queiroz largará como favorito na Copa asiática de seleções, a ser disputada em janeiro de 2019, mesmo que o Japão, e até mesmo a Austrália e a Coréia do Sul, possuam seus argumentos.